A pandemia demonstrou a relação direta entre saúde e economia e que precisamos de ter populações saudáveis para manter os países dinâmicos e a criar riqueza. Nesse sentido, é crítico aumentar o investimento público em prevenção, que representa atualmente menos de 2% do orçamento da saúde, sendo Portugal um dos países da OCDE com menor investimento nesta área.
Paralelamente, temos uma esperança média de vida acima da média europeia, mas com menor qualidade de vida nos últimos anos. A aposta na prevenção, sobretudo através da vacinação, contribui para o aumento da qualidade de vida da população adulta. Estudos independentes realizados na Europa indicam um retorno de quatro euros por cada um euro investido na vacinação de pessoas com mais de 50 anos. O reforço da imunização da população adulta traz, assim, ganhos ao país que vão além da saúde, levando também a um retorno socioeconómico e mais poupança de dinheiro público, enquanto alivia a pressão a que o Serviço Nacional de Saúde está sujeito.