50 Milionários: a poderosa família Guimarães de Mello, herdeira da CUF

A família Guimarães de Mello é o segundo clã mais poderoso de Portugal. Os vários descendentes de José de Mello, neto do grande industrial do século XX, Alfredo da Silva, ascenderam este ano, em conjunto, ao segundo lugar do pódio, ultrapassando a família Soares dos Santos, agora em terceira posição. Os rostos mais mediáticos da…
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A família Guimarães de Mello está na segunda posição do ranking de 2024 dos mais ricos do país com uma fortuna empresarial conjunta avaliada em cerca de 3.229 milhões de euros.
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A família Guimarães de Mello é o segundo clã mais poderoso de Portugal. Os vários descendentes de José de Mello, neto do grande industrial do século XX, Alfredo da Silva, ascenderam este ano, em conjunto, ao segundo lugar do pódio, ultrapassando a família Soares dos Santos, agora em terceira posição.

Os rostos mais mediáticos da família são os irmãos Vasco e Salvador de Mello, por liderarem os negócios familiares, organizados no Grupo José de Mello, um dos maiores conglomerados nacionais.  Vasco de Mello é o presidente do Conselho de Administração do grupo e Salvador de Mello o presidente da Comissão Executiva do mesmo.  

Com uma fortuna empresarial avaliada em cerca de 3.229 milhões de euros, a família Guimarães de Mello está na segunda posição do ranking dois mais ricos do país.

Com génese na área industrial, o grupo está hoje presente, além da indústria química, que está na sua origem, com a Bondalti (ex-CUF), na energia e tratamento de água, na saúde, com o grupo de hospitais e clínicas privadas CUF, nas infraestruturas e mobilidade, com a participação minoritária de 16,7% que ainda mantém na Brisa, através do consórcio Rubicone, e no setor dos vinhos. Esta última área é a grande aposta do momento, já que o grupo criou uma holding, a WineStone, através da qual está a investir nas suas propriedades e marcas, nomeadamente com a aposta no enoturismo, como a Ravasqueira, a Quinta de Pancas, a Quinta do Côtto, entre outras. Este segmento de negócio já fatura 24 milhões de euros.

Para mitigar riscos, o grupo está a procurar diversificar a atividade, alargando o seu portefólio de participadas. Além de incrementar a sua posição no mundo dos vinhos, está ainda a investir na produção de lítio verde (hidrogénio de lítio), com a criação da Lifthium, área na qual pretende aplicar mil milhões de euros.

Os peso-pesados da fortuna familiar

Porém, Brisa, Bondalti e CUF são ainda os grandes ativos do grupo, com pesos muito idênticos na valorização do património. A Brisa registou mais de mil milhões de euros de proveitos operacionais e 255 milhões de euros de lucros, em 2023. A marca CUF, que conta já com uma rede privada de 31 unidades de cuidados de saúde, faturou cerca de 766 milhões de euros, com lucros de 38 milhões de euros, e a Bondalti alcançou os 523 milhões de euros de proveitos operacionais e 51 milhões de euros de resultados líquidos. O grupo ocupa cerca de 8 mil colaboradores em todas estas áreas de atividade.

A revista Forbes Portugal lançou a sua lista na edição de dezembro/janeiro, agora em banca. Conheça também aqui a análise feita às maiores fortunas nacionais, a metodologia aplicada nas avaliações e também o top 10 das maiores fortunas nacionais.

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