Ana Menéres de Mendonça é uma discreta empresária nacional que tem a sua fortuna indexada à cotação de empresas cotadas como a Cofina, Altri e Ramada. A avaliação da revista Forbes Portugal – com base nos valores de dia 2 de dezembro de 2024 – coloca-a na 43º posição da lista de 2024 dos 50 mais ricos do país, com um património que ascende a cerca de 345 milhões de euros. A empresário subiu cinco posições no ranking, face à edição de 2023, data em que estava avaliada em 201 milhões de euros.
Ana, nascida em 1969, é herdeira dos negócios de Pedro Macedo Pinto de Mendonça, fundador da Cofina, falecido em 2015, aos 80 anos. Do seu portefólio de ações faziam ainda parte as empresas industriais Altri e a Ramada que a sua filha detém através da Promendo SGPS, da qual é acionista maioritária e que partilha com José Manuel de Almeida Archer.
Com uma fortuna de cerca de 345 milhões de euros, Ana Menéres de Mendonça, acionista da Cofina, Altri e Ramada, está colocada na 43ª posição do ranking dos mais ricos da Forbes Portugal.
Esta holding é detentora de 20% da Cofina SGPS – agora em processo de dissolução – ,19% da Ramada e 17% da Altri, indústria da qual é maior acionista. O Grupo Altri é o maior ativo da empresária e já vale cerca de 1,24 mil milhões de euros em bolsa. Nasceu em 2005, no seguimento de um processo de reestruturação da Cofina, em que os ativos industriais se separaram dos da comunicação social. Nesse ano a Altri comprou 95% da Celtejo, uma empresa de celulose, e em 2006 adiciona-lhe 100% da Celbi, que comprou por cerca de 430 milhões de euros à Stora Enso, e em 2021 criou a Greenvolt.
Com uma capitalização de mercado de cerca de 182 milhões de euros, a Ramada Investimentos e Indústria, é uma empresa nacional, cotada na Euronext, e que reúne negócios como a Ramada Aços, a Ramada Solar e a Blau Stah. A empresa anunciou receitas de 141 milhões de euros em 2023.
Cofina SGPS deixa de negociar em bolsa e vai ser dissolvida
O outro ativo da empresária, aquele que está na origem da sua fortuna, a Cofina SGPS, está em processo de mudança. O grupo que detinha os títulos Correio da Manhã, CMTV, Jornal de Negócios, Sábado, entre outros, através da Cofina Media, vendeu os mesmos a um grupo de acionistas, ligados à empresa, através de um processo de MBO, e a outros como Cristiano Ronaldo. O futebolista português detém agora 30% da nova empresa, a Expressão Livre, que é dona da marca Medialivre, que agora acumula um novo canal de notícias, o Now.
A Cofina SGPS vai deixar de negociar em bolsa amanhã, dia 27 de fevereiro, na sequência do processo de dissolução da companhia. O dinheiro em caixa, de cerca de 2 milhões de euros, será repartido pelos acionistas. Segundo comunicado enviado à CMVM, a sociedade enfrenta um momento de inexistência de novos investimentos suficientemente atrativo para este grupo de acionistas.
A empresária é herdeira dos negócios de Pedro Macedo Pinto de Mendonça, fundador da Cofina, falecido em 2015, aos 80 anos. Do seu portefólio de ações faziam parte a Cofina e as empresas industriais Altri e a Ramada, ações que a sua filha detém agora através da holding Promendo SGPS.
Licenciada em Economia pela Universidade Católica, Ana Menéres Mendonça começou a sua atividade profissional como jornalista no extinto Semanário Económico, em 1995, tendo ingressado no Citibank em 1996. A partir de 1996 passou a assumir diversas funções de administradora na Promendo SGPS e em diversas empresas ligadas ao seu universo acionista. Para a contabilização da fortuna da empresária entram ainda diversos investimentos imobiliários, através de sociedades imobiliárias que detém através da holding familiar.
A revista Forbes Portugal lançou a sua lista na edição de dezembro/janeiro, agora em banca. Conheça também aqui a análise feita às maiores fortunas nacionais, a metodologia aplicada nas avaliações e também o top 10 das maiores fortunas nacionais.