Victoria’s Secret quer voltar a brilhar e contratou “anjo da guarda” no rival

A Victoria's Secret anunciou que o CEO Martin Waters abandonou o cargo após menos de dois anos no posto e nomeou Hillary Super como sua sucessora. A marca de lingerie esclareceu que a nomeação de Super entrará em vigor a 9 de setembro. Até lá, o diretor financeiro Timothy Johnson será o CEO interino. Estas…
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A Victoria's Secret foi ao rival direto Savage x Fenty contratar a CEO para assumir o comando da organização. Hillary Super terá a missão de ser um "anjo da guarda" para recuperar o brilho da empresa.
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A Victoria’s Secret anunciou que o CEO Martin Waters abandonou o cargo após menos de dois anos no posto e nomeou Hillary Super como sua sucessora.

A marca de lingerie esclareceu que a nomeação de Super entrará em vigor a 9 de setembro. Até lá, o diretor financeiro Timothy Johnson será o CEO interino.

Estas alterações provocaram a recuperação das ações da empresa, em 18% para 22,50 dólares, que tinham caído 28% desde o início do ano.

Esta recuperação mostra a esperança dos investidores que a Victoria’s Secret volte ao esplendor passado, na medida em que Hillary Super tem como credenciais o facto de ter estado à frente da marca Savage x Fenty, a grande concorrente de sucesso da Victoria’s Secret lançada por Rihanna em 2018.

Com a experiência adquirida na concorrência, Hillary Super poderá ser uma espécie de “anjo da guarda” da Victoria’s Secret, já que esta emblemática empresa tem procurado virar a página, depois de se debater durante quase uma década com uma série de erros de perceção pública que incluíram a revelação das ligações do fundador bilionário Leslie Wexner a Jeffrey Epstein que levaram à sua demissão.

Donna James, presidente do Conselho de Administração da Victoria’s Secret, afirmou num comunicado que Super terá como objetivo acelerar o crescimento na América do Norte.

Hillary Super, nova CEO da Victoria’s Secret.

Uma série documental de três partes no Hulu chamada “Victoria’s Secret: Angels and Demons” estreou em 2022 explorando os laços de Wexner com Epstein e acusando o primeiro de fechar os olhos ao assédio sexual ou agressão na empresa, particularmente sob o ex-diretor de marketing, Ed Razek.

Os abalos sofridos pela Victoria’s Secret nos últimos anos incluem igualemente críticas de que promovia padrões de beleza tradicionais e o cancelamento do famoso desfile de moda da Victoria’s Secret após anos de declínio das audiências.

O novo player, Savage X Fenty, também afetou a empresa. A quota de mercado da Victoria’s Secret caiu para 24% em 2018 – o ano em que Rihanna lançou a Savage X Fenty – em comparação com 31,7% em 2013, informou a CNN.A Victoria’s Secret tem atualmente uma capitalização bolsista de 1,49 mil milhões de dólares.

A marca tem-se esforçado por acompanhar concorrentes como a Aerie e a Fenty aos olhos do público, que têm sido elogiadas pela utilização de modelos e campanhas publicitárias sem retoques e com “tamanhos reais”, em comparação com o visual tradicional do “anjo” da Victoria’s Secret.

Para tentar reconquistar o público, a Victoria’s Secret relançou o seu desfile de moda, outrora icónico, no ano passado, num novo formato que incluiu o regresso de muitas modelos antigas, como Adriana Lima e Candice Swanepoel, mas também atraiu nomes mais diversos, como a DJ transgénero Honey Dijon e a cantora francesa de tamanho grande Yseult.

Com Hillary Super como nova CEO a expectativa é grande sobre como será a Victoria’s Secret sob o seu comando.

(com Mary Whitfill Roeloffs/Forbes Internacional)

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