Com memórias e afetos também se constroem empresas

Em 2008, no concurso mun­dialmente famoso Vinalies Internationales, um vinho Syrah produzido em Portu­gal foi considerado o melhor vinho tinto do mundo. Tratava-se do Syrah 2005, produzido pela Casa Erme­linda Freitas. A distinção catapultou a empresa para o prestígio mundial e reforçou a imagem de qualidade dos vinhos portugueses em muitos merca­dos e geografias. Esta…
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Com uma gestão baseada no amor à terra e em valores perpetuados de geração em geração, a Casa Ermelinda Freitas é uma das produtoras de vinho nacionais que mais eleva o nome de Portugal.
Forbes LAB

Em 2008, no concurso mun­dialmente famoso Vinalies Internationales, um vinho Syrah produzido em Portu­gal foi considerado o melhor vinho tinto do mundo. Tratava-se do Syrah 2005, produzido pela Casa Erme­linda Freitas. A distinção catapultou a empresa para o prestígio mundial e reforçou a imagem de qualidade dos vinhos portugueses em muitos merca­dos e geografias.

Esta empresa familiar, sedeada em Fernando Pó, concelho de Palmela, é hoje gerida por Leonor e Joana Freitas. São Mãe e filha e pertencem à 4.ª e à 5.ª gerações de uma família que começou por vender vinho a granel e tem, atual­mente, um grande número de marcas próprias com uma excelente aceitação pelos mercados de países como Ingla­terra, Holanda, Luxemburgo, Polónia, Brasil e EUA.

Quando o seu Syrah de 2005 foi considerado o melhor tinto do mun­do, manter a fasquia foi um desafio que Mãe e Filha assumiram com sabedoria. “Quisemos aumentar a qualidade, tra­balhando, aperfeiçoando os vinhos e responsabilizando a nossa equipa pois a qualidade tem de começar em nós, para criar confiança nos consumi­dores.” As palavras são da CEO Leonor Freitas e a dedicação total e o amor a esta verdadeira obra de família já trouxeram mais de 2.000 prémios aos vinhos Ermelinda Freitas. “Os nossos resultados só são possíveis graças ao amor que temos a tudo aquilo que nos foi passado em relação à terra, à cultu­ra da produção da vinha e do vinho, e à história da nossa família” conclui a dona que reconhece em si e na sua filha Joana, um grande dinamismo, o que fez nascer a necessidade de ex­pandir para além da Península de Se­túbal. A empresa adquiriu a Quinta do Minho, em Póvoa do Lanhoso, área de Vinhos Verdes, e a Quinta de Canivães, situada em Vila Nova de Foz Côa, no Douro Superior. Para Leonor e Joana Freitas, a aposta é que ambas as regiões sejam marcantes na Casa que dirigem. “Queremos ter sempre os melhores vi­nhos para presentear os nossos consu­midores”, explica Leonor. E revela que, na primavera de 2025, será lançado um vinho em formato Magnum (1,5 l) que será uma homenagem a um grande homem da família.

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