Covid-19 no topo dos riscos comerciais em Portugal

O surto pandémico da Covid-19 está no topo do 10º Allianz Risk Barometer 2021, em Portugal, seguido dos lucros cessantes e os incidentes cibernéticos, refletindo potenciais cenários de interrupções e perdas associadas à Covid-19, que as empresas estão a enfrentar, de acordo com uma pesquisa realizada pela Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), operadora de…
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Seguido dos lucros cessantes e os incidentes cibernéticos, refletindo potenciais cenários de interrupções e perdas associadas à Covid-19, diz estudo.
Negócios

O surto pandémico da Covid-19 está no topo do 10º Allianz Risk Barometer 2021, em Portugal, seguido dos lucros cessantes e os incidentes cibernéticos, refletindo potenciais cenários de interrupções e perdas associadas à Covid-19, que as empresas estão a enfrentar, de acordo com uma pesquisa realizada pela Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), operadora de seguros corporativos tida como a líder mundial.

Ao contrário do que acontece em terras lusas, os dados da AGDS indicam que a nível do mundo, de um modo geral, o trio de riscos comerciais é encabeçado pelos lucros cessantes, apontado por 41% das respostas recebidas, seguido do surto pandêmico e dos incidentes cibernéticos, ambos eleitos por 40% dos inqueridos.

“O Allianz Risk Barometer 2021 é claramente dominado pelo trio de riscos associados à Covid-19. A interrupção dos negócios, a pandemia e cyber risks estão fortemente interligados, demonstrando as crescentes vulnerabilidades de um mundo altamente globalizado e conectado”, afirma Joachim Müller, CEO da AGCS, num documento a que a FORBES teve acesso.

O estudo revela que a crise da Covid-19 continua a representar uma ameaça imediata, tanto para a segurança individual quanto para as empresas, refletindo a razão pela qual o surto pandémico subiu 15 posições, até a posição nº 2 no ranking, às custas de outros riscos, sendo que, antes de 2021, nunca havia ficado acima da 16ª posição nos 10 anos do Allianz Risk Barometer, sinal de que estava a ser subestimado.

De acordo com a AGCS, a pandemia é o risco número um em 16 países, estando entre os três maiores em todos os continentes e em 35 dos 38 países que se qualificam para uma análise dos 10 maiores riscos.

“A pandemia de coronavírus é um lembrete de que a gestão de riscos e da continuidade de negócios precisam evoluir ainda mais para ajudar as empresas a se prepararem e sobreviverem a eventos extremos”, refere Joachim Müller.

Em resposta ao aumento das vulnerabilidades de lucros cessantes, segundo o inquérito, muitas empresas e empresários têm objetivado construir operações mais resilientes de modo a diminuir ou conter os riscos.

Um total de 62% dos entrevistados do Allianz Risk Barometer indicaram a melhoria da gestão da continuidade dos negócios como a principal ação das empresas, seguida pelo desenvolvimento de fornecedores alternativos ou múltiplos (45%), investir em cadeias de abastecimento digitais (32%) e melhorar a seleção e auditoria de fornecedores (31%).

O inquérito anual global sobre riscos comerciais daquela importante unidade de negócios do grupo Allianz reuniu opiniões de 2.769 especialistas, em 92 países, incluindo CEOs, gestores de risco, corretores e especialistas em seguros.

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