Vários políticos de outros países deverão assistir à cerimónia de tomada de posse ou enviar enviados. Mas, relativamente a figuras de pro no panorama mundial, as ausências serão imensas. De acordo com os registos do Departamento de Estado citados pela CBS News, tradicionalmente, nenhum líder mundial (aqui, referimo-nos a chefes de Estado) tenha comparecido a uma posse desde 1874. a prática comum é que os embaixadores estrangeiros e os seus cônjuges normalmente representem os seus governos no evento. Thomas Balcerski, historiador presidencial da Eastern Connecticut State University, acrescentou ao Miami Herald que não há precedentes para a presença de líderes estrangeiros em inaugurações, observando que os líderes mundiais não teriam direito à pompa típica das suas visitas a Washington e acrescentando que sua presença poderia ser vista como “um requisito para obter favores e provar lealdade ao presidente eleito Trump”.
Porém, podemos ter uma exceção a esta regra nesta cerimónia, já que o presidente argentino Javier Milei, que foi o primeiro líder estrangeiro a reunir-se com Trump após a sua vitória em novembro, deverá estar presente, informou a Bloomberg no mês passado, citando um porta-voz de Milei.
Milei será a “cabeça de cartaz” de uma concentração de direita radical que estará em Washington, a convite do novo presidente.
Segundo a NBC News, Trump terá também convidado o presidente salvadorenho Nayib Bukele e a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni. Não se sabe se Bukele estará presente e Meloni disse na semana passada que compareceria se a sua agenda o permitisse.
Georgia Meloni será, em princípio, a única chefe de Governo da UE a participar na cerimónia, a convite de Donald Trump, que não convidou qualquer outro presidente de instituições europeias nem o seu aliado primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.
Ao nível institucional, nenhum dos altos representantes das instituições da UE recebeu convite para a cerimónia de segunda-feira, incluindo os presidentes do Conselho Europeu, António Costa, da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, confirmou a Lusa com fontes comunitárias.
A representação europeia na posse será ao nível de embaixadores, de acordo com as mesmas fontes.
O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, também disse no X que foi convidado e está a tentar obter a devolução do seu passaporte para poder estar presente.
O político francês de extrema-direita Eric Zemmour e a sua companheira, a deputada do Parlamento Europeu Sarah Knafo, também foram convidados, noticiou o Politico no início deste mês, citando fontes anónimas próximas do casal, embora não seja claro se irão comparecer.
Por cá, o presidente do Chega, André Ventura, afirmou à agência Lusa que vai estar presente, em Washington, na posse do Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, juntando-se à delegação do grupo nacionalista no Parlamento Europeu Patriotas pela Europa.
O vice-presidente chinês Han Zheng participará na cerimónia, representando o “respeito mútuo, a coexistência pacífica e a cooperação win-win” da China no crescimento do relacionamento do país com os EUA, anunciou o Ministério das Relações Exteriores da China (o presidente chinês Xi Jinping disse anteriormente que enviaria um enviado oficial no seu lugar).
com Sara Dorn/Forbes Internacional e Lusa