A Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) divulgou dados do imobiliário em Portugal, no ano passado, salientando que os valores de venda “continuam a subir devido ao desequilíbrio entre oferta e procura”, apontando que, entre 2011 e 2021, registou-se um crescimento “stock” habitacional equivalente a 11 mil fogos anuais, um valor “residual” que não satisfaz a procura.
A APEMIP acrescenta que o preço médio por metro quadrado em Lisboa e no Porto está próximos dos cinco mil e os 3.300 euros, respetivamente – sendo que os valores “prime” alcançaram já os 10 mil euros por metro quadrado em Lisboa e 7.500 euros por metro quadrado no Porto.
De acordo com a APEMIP, o número de casas vendidas entre nós registou uma subida de 13,1% face a 2023, tendo havido um acréscimo de 12% nos preços em 2024.
Segundo Paulo Caiado, da APEMIP, muitas das soluções que têm sido apontadas ou adotadas têm um reduzido impacto na baixa do preço das casas, o que faz com que as habitações continuem a não ser acessíveis para a generalidade das pessoas. Ou seja, fazer com que as casas fiquem 10% mais baratas não faz com que se tornem acessíveis para ninguém porque, referem os dados da APEMIP, “os preços distanciaram-se muito dos rendimentos das famílias”.
De acordo com a informação da AEMIP, os compradores estrangeiros representaram em 2024 cerca de 12% do volume de vendas, registando uma taxa de crescimento média anual de 8% entre 2019 e 2024.
