O Presidente norte-americano Donald Trump publicou um vídeo gerado por inteligência artificial que retrata os seus aparentes planos de desenvolvimento imobiliário em Gaza, mostrando Elon Musk, o próprio sem camisa e o primeiro-ministro israelita Netanyahu a passar férias numa estância “Trump Gaza” no território palestiniano.
Trump partilhou o vídeo na sua conta na rede social Truth Social na noite de terça-feira, semanas depois de ter dito, ao lado de Netanyahu na Casa Branca, que os Estados Unidos tencionavam “tomar conta da Faixa de Gaza” e “desenvolvê-la”.
O vídeo começa com imagens de Gaza devastada pela guerra antes de passar para vídeos de uma estância balnear, incluindo imagens de Musk a comer e a dançar, bailarinas a atuar e Trump e Netanyahu – ambos sem camisa – a beber à beira da piscina.
A unidade gerada por IA tem a marca Trump, com várias imagens que identificam a estância como “Trump Gaza”, uma criança a segurar um balão de Trump e uma enorme estátua dourada de Trump na propriedade.
O vídeo é gravado ao som de uma música animada com letras que incluem: “Donald vem para vos libertar/ Trazendo a luz para todos verem/ Não há mais túneis, não há mais medo/ Trump Gaza está finalmente aqui”.
Numa reunião na Casa Branca com Netanyahu no início deste mês, Trump propôs que os Estados Unidos tomassem conta de Gaza e a transformassem na “Riviera do Médio Oriente”. Sugeriu que os cerca de dois milhões de palestinianos que vivem atualmente em Gaza não deveriam regressar e deveriam, em vez disso, encontrar um novo “fresco e belo pedaço de terra”, sugerindo que poderiam mudar-se para países próximos, incluindo a Jordânia e o Egito.
Trump disse que Gaza reconstruída abrigaria “as pessoas do mundo” e seria um “lugar internacional inacreditável”. No encontro, Netanyahu elogiou Trump por dizer “coisas que os outros se recusam a ver”, o que, segundo ele, poderia “remodelar o Médio Oriente e trazer a paz”.
Mas o plano de Trump para Gaza enfrentou a resistência dos líderes árabes: O ministro dos negócios estrangeiros egípcio, Badr Abdelatty, disse que o Egito não iria “participar numa injustiça contra os palestinianos”. O rei Abdullah II da Jordânia disse que é “contra a deslocação dos palestinianos em Gaza e na Cisjordânia”, o que chamou de “posição árabe unificada”.
Em resposta à sua oposição, Trump disse na semana passada que estava “surpreendido” por eles não serem a favor, acrescentando que “não está a forçar” o seu plano, mas que, em vez disso, “se sentaria e o recomendaria”.
(Com Forbes Internacional/Conor Murray)
