Hovione investe 200M€ no Seixal em fábrica de medicamentos

A construção da fábrica da Hovione no Seixal, estimada em 200 milhões de euros, vai entrar na última etapa de desenvolvimento, com o presidente executivo da farmacêutica portuguesa a prever que a produção comece em meados de 2027. A primeira fase de construção do Campus da Hovione Tejo, no Seixal, entrou na reta final, prevendo-se…
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A construção da fábrica da Hovione no Seixal, num investimento de 200 milhões de euros, entra agora na reta final, prevendo-se que as operações iniciem em 2026, com uma equipa de 40 elementos, aumentando para 100 assim que a produção começar, em 2027.
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A construção da fábrica da Hovione no Seixal, estimada em 200 milhões de euros, vai entrar na última etapa de desenvolvimento, com o presidente executivo da farmacêutica portuguesa a prever que a produção comece em meados de 2027.

A primeira fase de construção do Campus da Hovione Tejo, no Seixal, entrou na reta final, prevendo-se a sua entrada em funcionamento em meados de 2027.

Ocupando uma área de 42 hectares, o que possibilitará futuras expansões, o Campus da Hovione Tejo contará inicialmente com dois edifícios de produção, um para tecnologias de engenharia de partículas (‘spray drying’ no termo técnico em inglês) e outro para formulação de medicamentos em diferentes formas farmacêuticas e a sua transformação em comprimidos e cápsulas.

Os dois edifícios iniciais de produção serão complementados por infraestruturas de apoio, como laboratórios, escritórios, cantina e outras instalações partilhadas.

Com um investimento inicial de 200 milhões de euros, o projeto criará cerca de uma centena de postos de trabalho altamente qualificados, permitindo à Hovione expandir a capacidade industrial e reforçar a sua posição global.

As operações terão início, em 2026, com uma equipa de 40 elementos, aumentando para 100 assim que a produção iniciar, em 2027.

O complexo industrial foi anunciado em 2019, mas o projeto demorou mais tempo a sair do papel, com os responsáveis da empresa a justificarem isso com a avalancha de investimentos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que causou constrangimentos na oferta e nos custos de mão-de-obra e materiais de construção.

A primeira etapa passou pela construção de infraestruturas envolventes, como estradas. “Depois, avançámos para os elementos estruturais dos edifícios”, e a terceira fase, e última, “consiste em colocar o equipamento e finalizar o projeto” que deverá arrancar a produção em pleno em 2027 e criar pelo menos 100 postos de trabalho qualificados, explica Jean-Luc Herbeaux, CEO da Hovione.

Com a abertura deste novo Campus, a Hovione passará a operar cinco unidades fabris em três continentes: duas em Portugal (Loures e Seixal), uma na Irlanda (Cork), uma nos Estados Unidos (New Jersey) e uma em Macau.

O CEO da Hovione adianta que o mercado norte-americano tem um peso de 60% nas contas da empresa.

“Esta nova fase de construção da Hovione Tejo é um passo importante na expansão internacional da empresa. Combinando os conhecimentos científicos e de engenharia mais avançados e a tecnologia de ponta, a expansão permitirá o fabrico eficiente e em conformidade de novos e complexos medicamentos para os nossos clientes. A nova unidade vai também criar inúmeros postos de trabalho qualificados diretos e indiretos, e reforçar o ecossistema farmacêutico na bela região do Seixal. Os produtos aqui fabricados serão exportados para todo o mundo, contribuindo para melhorar a saúde de milhões de pessoas”, diz Jean-Luc Herbeaux.

com Lusa

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