Eleições na Madeira: Miguel Albuquerque vence eleições sem maioria absoluta

O PSD venceu hoje as eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira, falhando por um deputado a maioria absoluta, de acordo com os dados oficiais provisórios, com todas as freguesias apuradas. Segundo informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, os sociais-democratas obtiveram 43,43% dos votos e 23 lugares na Assembleia Legislativa Regional, constituída por…
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O PSD venceu hoje as eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira, falhando por um deputado a maioria absoluta, de acordo com os dados oficiais provisórios, com todas as freguesias apuradas.
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O PSD venceu hoje as eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira, falhando por um deputado a maioria absoluta, de acordo com os dados oficiais provisórios, com todas as freguesias apuradas.

Segundo informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, os sociais-democratas obtiveram 43,43% dos votos e 23 lugares na Assembleia Legislativa Regional, constituída por um total de 47 deputados.

O CDS-PP, que já governou com o PSD e que nesta legislatura tinha um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas, tem um deputado, com 3,00% dos votos.

A taxa de abstenção foi de 44,02%, ainda assim inferior à de 46,60% registada nas eleições anteriores, segundo os resultados provisórios apurados. 

A maioria absoluta requer 24 assentos. Em 2019 e 2023 os sociais-democratas precisaram fazer acordos parlamentares (primeiro com o CDS-PP e depois com o PAN) para atingir este número.

Após as eleições de 2024, também antecipadas, o PSD (19 deputados) formou um executivo minoritário, já que o acordo firmado com o CDS (dois eleitos) foi insuficiente para a maioria absoluta. O PS e o JPP, que totalizaram 20 deputados, chegaram então a propor uma solução de governo.

 Miguel Albuquerque afirmou no seu discurso de vitória que “não há qualquer equívoco” em relação àquilo que os madeirenses querem, destacando que o partido alcançou a maior votação desde 2015 nas legislativas regionais deste domingo. “Foi a maior votação de sempre desde que assumi a liderança”, referiu, acrescentando que o PSD ficou apenas a 300 votos da maioria absoluta na Assembleia Legislativa da Madeira.

Pedro Nuno Santos assumiu derrota sem tirar ilações

Já o secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, assumiu a derrota do PS/Madeira nas eleições regionais e recusou retirar qualquer ilação para as legislativas antecipadas por considerar que não se pode fazer uma relação com a política nacional.

“É uma derrota do PS da Madeira. Não há como ignorar. Lamento apenas que tenha ganhado o PSD/Madeira e Miguel Albuquerque em particular”, respondeu Pedro Nuno Santos aos jornalistas numa reação na sede do PS, em Lisboa, ainda antes de estarem apurados os resultados finais na Madeira.

O líder do PS recusou fazer uma leitura nacional do resultado considerando que a “relação com a política nacional não pode ser feita”.

Pedro Nuno Santos assumiu a derrota do PS/Madeira nas eleições regionais e recusou retirar qualquer ilação para as legislativas antecipadas por considerar que não se pode fazer uma relação com a política nacional.

O Juntos Pelo Povo (JPP) tornou-se o principal partido da oposição na Madeira ao conseguir 30.094 dos votos, o que lhe garantiu o segundo lugar nas eleições legislativas antecipadas, deixando para trás o PS. Nas eleições passadas, em maio de 2024, o JPP foi a terceira força política mais votada e elegeu nove deputados. Em 2023 elegeu cinco. Conseguiu agora 30.094 votos e 11 deputados, segundo os resultados provisórios divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SG-MAI).

O JPP teve origem num movimento de cidadãos do concelho de Santa Cruz, na Madeira, que disputou as eleições autárquicas de 2013 nesse concelho e conquistou a maioria absoluta. Depois dessa vitória eleitoral, o movimento decidiu converter-se em partido político para se candidatar às legislativas de 2015, nas quais conseguiu cinco deputados.

Este ano, o JPP voltou a ganhar no concelho de Santa Cruz, feito que alcançou pela primeira vez em maio de 2024, mas desta feita não conquistou todas as freguesias como no ano passado, falhando Caniço e Camacha, que votaram PSD.

A taxa de abstenção nas eleições da Madeira foi de 44,02%

A taxa de abstenção foi de 44,02%, ainda assim inferior à de 46,60% registada nas eleições anteriores, segundo os resultados provisórios divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SG-MAI).

Depois de apuradas todas as freguesias, a abstenção situou-se nos 44,02%, tendo votado 142.960 dos 255.380 eleitores inscritos, segundo a SG-MAI. Nas eleições do ano passado, a abstenção acabou por ficar nos 46,60% e, em 2019, nos 44,5%. Em 2015, com uma taxa de abstenção de 50,42%, bateu-se o recorde desde 1976, quando se realizaram as primeiras eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira.

(Com Lusa)

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