Com 44 anos de experiência no mercado imobiliário, a Engel & Völkers iniciou a sua atividade através da Engel & Cie, vendendo imóveis para investidores alemães em Hamburgo. Pouco depois, juntou-se a Christian Völkers, dando origem a sua atual denominação. Com o andar do tempo a empresa foi crescendo e atingiu a liderança na mediação de propriedades de luxo, iates e aeronaves executivas.
Em 2003, a multinacional alemã começou a operar em Portugal, inicialmente com apenas uma agência, contando hoje com uma rede de agências de Norte a Sul do país e um Market Center em Lisboa.
Apesar do período pandémico, a imobiliária alemã conseguiu manter a sua trajetória de crescimento em 2020, tendo obtido uma faturação de cerca de 97 milhões de euros em Portugal, com a venda e arrendamento de habitações, sendo este o segundo melhor ano de sempre da Engel & Völkers em Portugal.
A head of operations & expansion na Engel & Völkers Espanha, Portugal e Andorra, Constanza Maya, disse em exclusivo à FORBES que, no ano passado, a empresa comercializou 258 casas, uma média de 20 propriedades vendidas por mês. Entretanto, em comunicado, a empresa refere que na região do Grande Porto os bairros Foz e Nevogilde, Aldoar e Miragaia, Vitória, São Nicolau e Sé são os mais caros e também os mais procurados por investidores nacionais e estrangeiros.
Constanza Maya considera que Lisboa, enquanto a capital de investimento, é a região em que os projetos imobiliários mantêm a maior tendência, enquanto o Porto a que apresenta os preços mais baixos, face a capital lusa, e também tida como a cidade mais segura, registando um dos maiores aumentos em termos de percentagem de unidades vendidas.
A responsável olha para o sector do imobiliário de forma positiva, por, na sua ótica, mostrar uma forte estrutura basilar capaz de responder aos novos desafios. “A pandemia travou a tendência de subida das transações de compra e venda no mercado de luxo, mas ao mesmo tempo criou um maior dinamismo no mercado de arrendamento”, explica.
Franceses são os que mais investem
Quanto ao clientes estrangeiros, os que mais investem na cidade do Porto são maioritariamente franceses, especialmente em habitações na zona histórica da urbe, através da reabilitação de casas.
Já os clientes brasileiros procuram por propriedades localizadas na zona costeira do Porto, Matosinhos e Gaia, ao passo que os investidores ingleses investem mais na zona da Foz e baixa do Porto.
Constanza Maya diz acreditar que mesmo com as limitações de circulação, os investidores internacionais vão continuar a apostar em Portugal, por ser um país que tem mostrado, ano após ano, ser um dos melhores mercados ao nível do imobiliário, daí que os preços dos imóveis não registaram grandes quebras, mesmo com a pandemia, ao contrário de outras cidades da Europa.
“Há em Portugal fortes projetos imobiliários em curso, o setor da construção nunca parou, o que abre oportunidades à nossa oferta”, garante a head of operations & expansion na Engel & Völkers Espanha, Portugal e Andorra.
A empresa pretende continuar a crescer, por isso, tem planos para continuar a se expandir na zona centro do país, em Évora e eventualmente chegar às ilhas. A Engel & Völkers vai igualmente continuar a apostar na inovação, de forma a conseguir através de soluções digitais, estar um passo à frente das necessidades deste ofício e agilizar toda a dinâmica do trabalho remoto, seja no que toca a reuniões de equipa, quer nas visitas virtuais.