Fairtiq foi o projeto vencedor da 2ª edição do Aceler@tech in Portugal, o programa de aceleração promovido pela Associação Acredita Portugal, com o apoio do Turismo de Portugal, no âmbito do Programa FIT 2.0 – Fostering Innovation in Tourism, que visa atrair projetos disruptivos de base turística, a nível internacional, de modo a estimular o ecossistema empreendedor.
A startup suíça destacou-se entre as 20 startups selecionados que expuseram as suas ideias, por apresentar uma solução inovadora e com potencial para revolucionar o setor do turismo ao nível da mobilidade. Os segundo e terceiro lugar foram atribuídos às startups Airdoctor e Kiss & Tell, respetivamente.
Os vencedores foram anunciados no demo day, fase final do programa, que decorreu dia 22 de junho, em Gaia, onde as startups tiveram oportunidade de apresentar os seus projetos, assim como a um júri, representado pela Associação Acredita Portugal, Portugal Ventures e Turismo de Portugal.
A proposta da Fairtiq, a startup vencedora
A Fairtiq, a vencedora desta edição, traz para Portugal uma tecnologia que pretende simplificar as viagens nos transportes públicos, garantindo a facilitação do processo de pagamento. A tecnológica criou uma aplicação que, através da geolocalização, permite a qualquer pessoa entrar em diferentes tipos de transportes, sem ser necessário comprar bilhetes. O utilizador apenas tem de fazer check in/check out na aplicação. Esta tecnologia já é utilizada na Suiça.
Air Doctor
O segundo lugar nesta competição pertencer à israelita Air Doctor, que já captou 31 milhões de euros. Esta startup pretende incluir Portugal num sistema que permite pesquisar, agendar e obter consultas com profissionais de saúde, presenciais ou remotas, dirigidas a quem esteja fora do seu país e que precise de consultar um médico, com ou sem seguro de saúde. O serviço já está disponível em países da Europa, Ásia, Austrália e América.
Kiss & Tell
A Kiss & Tell levou o terceiro lugar e pretende facilitar a organização de todo o tipo de celebrações, tais como casamentos, em vários destinos globais. Através da plataforma desta startup é possível comparar, planear e reservar pacotes de destinos e estadias para eventos de qualquer natureza.
Miguel Queimado, fundador da Associação Acredita Portugal, destaca que “esta segunda edição e as ideias inovadoras que surgiram revelaram que existe um enorme potencial para continuar a desenvolver o setor do turismo em Portugal. Além dos projetos vencedores, outras startups que chegaram até à final estão também em conversações com empresas portuguesas para que as suas tecnologias sejam introduzidas no setor turístico nacional.”
No decorrer deste programa, as 20 startups selecionadas passaram por um processo de aceleração, tendo contacto intensivo com empresas portuguesas de turismo, assim como investidores e especialistas do setor. Miguel Queimado explica que este é o maior contributo do Aceler@tech: “Nesta edição, contrariamente à anterior, não existe prémio monetário. A proposta de valor é a interação entre as startups e as empresas. O objetivo é desenhar um processo com uma boa probabilidade de gerar pilotos. O programa é win-win, as empresas procuram soluções e tecnologias para resolver os seus pain points ou acelerar o seu processo de inovação interna, ao mesmo tempo que as startups ganham maturidade e escala através da criação de parcerias”.
“O tecido empresarial no país é composto maioritariamente por PMEs, pelo que a sua rápida transição digital é crucial na continuação da recuperação desta atividade, tão importante para a economia nacional”, salienta Ana Caldeira, do Turismo de Portugal.
O Turismo de Portugal, principal parceiro do Aceler@Tech in Portugal, esteve representado por Ana Caldeira, Diretora do Departamento de Inovação e Gestão de Projetos que destacou a importância do programa: “Mais do que nunca, acelerar a inovação no turismo é um dos objetivos do Turismo de Portugal. O tecido empresarial no país é composto maioritariamente por PMEs, pelo que a sua rápida transição digital é crucial na continuação da recuperação desta atividade, tão importante para a economia nacional. O apoio do Turismo de Portugal a este programa traduz a forte aposta que temos vindo a fazer na inovação do turismo, em estreita colaboração com as incubadoras, as startups e as empresas”.
Entre os 20 selecionados, 19 startups são internacionais, tais como Bridgify, Eola e Farel, destacadas em programas como o Tech Stars e YCombinator. A startup HandyHostel foi a única participante nacional.