Negociar drogas, armas, tabaco ou seres humanos, assaltar bancos ou raptar pessoas para exigir resgates são formas de financiamento que aproximam as organizações criminosas tradicionais às organizações terroristas. Numa conferência, o responsável da unidade de Inteligência das Forças de Defesa Israelitas apontou que “por detrás de qualquer organização terrorista bem-sucedida está um sistema financeiro e, em muitos casos, um governo, um Estado”.
A ligação entre o músculo financeiro e a mortandade provocada pode ser aferida pela estatística que nos revela como, na última década, o movimento Boko Haram matou cerca de 20 mil pessoas, das quais cerca de um terço num único ano, 2014. De lá para cá, com o estrangulamento nas contas, decaiu a sua capacidade terrorista – apesar de tragédias como a morte de cerca de uma vintena de pessoas no arranque de Abril após mais um atentado desencadeado na Nigéria.
A publicação deste ranking – liderado pelos mais de 1000 milhões de dólares de receitas anuais da organização Hezbollah – na edição de Abril da FORBES segue-se a uma investigação meticulosa e exaustiva junto de diversas fontes de informação, designadamente relatórios, estimativas e dados estatísticos de governos e entidades de segurança, organizações intragovernamentais e outras entidades. A tudo isto acrescentámos, na recolha de dados, entrevistas com especialistas em segurança e altas patentes militares, entre outras personalidades ligadas ao fenómeno do terrorismo mundial.