Semana de trabalho de quatro dias agrada a 80%

Mais de oito em cada 10 trabalhadores portugueses (86%) gostavam de reduzir a duração da sua semana de trabalho, apontam os resultados de “O estado da compensação 2022-23 - um estudo sobre o futuro do trabalho e o trabalho do futuro”, organizado pela Coverflex. De acordo com o inquérito, realizado pelo segundo ano consecutivo, 62,1%…
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Apenas 14% dos inquiridos prefere a solução habitual de 40 horas de trabalho semanais em 5 dias. Os restantes têm vontade de aderir a uma semana de 40 horas em 4 dias de trabalho ou mesmo 32 horas.
Economia

Mais de oito em cada 10 trabalhadores portugueses (86%) gostavam de reduzir a duração da sua semana de trabalho, apontam os resultados de “O estado da compensação 2022-23 – um estudo sobre o futuro do trabalho e o trabalho do futuro”, organizado pela Coverflex.

De acordo com o inquérito, realizado pelo segundo ano consecutivo, 62,1% dos inquiridos gostava de experimentar trabalhar 40 horas semanais distribuídas apenas por quatro dias da semana.

A redução de horário para 32 horas semanais é um desejo para mais de dois em 10 participantes no estudo (23,9%), e mesmo que isso possa significar um corte de salário.

Apenas 14% dos inquiridos continua a preferir a solução habitual de 40 horas de trabalho semanais divididas por cinco dias.

Entre os fatores relacionados com o trabalho a que os inquiridos dão maior importância, o work-life balance é o mais valorizado (64%), seguido das oportunidades de progressão na carreira (11,8%) e das condições de trabalho (11,5%).

Dentro destas preferências, os homens tendem a valorizar mais o work-life balance (66,1%, contra 62,1% das mulheres) enquanto que o sexo feminino valoriza, comparativamente, mais as condições de trabalho (13,2% contra 9,8%).

Atribuição de benefícios flexíveis pelas empresas aos colaboradores

Outra vertente analisada por este estudo foi a da atribuição de benefícios flexíveis pelas empresas aos seus colaboradores. De acordo com os resultados do inquérito, cinco em cada 10 colaboradores, em Portugal, têm acesso a benefícios flexíveis nas empresas em que trabalham. Em comparação com o período homólogo, continua a haver desconhecimento sobre o que são benefícios flexíveis por parte de mais de 17,7% dos inquiridos.

Mais de metade dos portugueses (54,8%) estão satisfeitos com o seu pacote de compensação (salário, benefícios flexíveis, seguro e cartão refeição).

Numa escala de 0 a 10, em que 0 é “nada satisfeitos” e 10 “extremamente satisfeitos”, mais de metade dos participantes atribui à satisfação com a sua compensação entre 7 a 10 pontos. Quatro em cada 10 trabalhadores atribui entre 7 e 8 pontos ao grau de satisfação.

Entre os participantes, o valor médio de compensação alocada a benefícios varia entre 0 e 200 euros (em 66,3% dos casos). Apenas 11% dos inquiridos afirma receber mais de 500 euros mensais em compensação flexível.

Entre os trabalhadores que mais têm acesso a benefícios flexíveis estão os das indústrias de IT/Desenvolvimento de software (67,4%), Consultoria e gestão (65,8%) e Serviços financeiros (60,2%).

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