Dírcia Lopes
Cristina Campos cedo descobriu a paixão pelo mundo farmacêutico. Assume que ser mulher não travou a chegada ao topo da gestão, até porque acredita que a diversidade ajuda a inovar. Os últimos 16 anos têm sido na linha da frente da Novartis em Portugal. Abraçou agora o primeiro desafio internacional com a humildade e coragem que a caraterizam.
A indústria farmacêutica faz parte do imaginário da presidente da Novartis em Portugal, Cristina Campos, desde que se lembra de existir. Os pais, ambos farmacêuticos, abriram uma farmácia em Lisboa depois de regressarem de Moçambique onde o pai cumpriu o serviço militar obrigatório no então Ultramar. Cristina ainda nasceu na Cidade da Beira, mas por ter vindo para Portugal com um ano, da terra natal apenas tem memórias pelas fotografias que lhe foram mostrando.
“Desde muito pequena, com quatro ou cinco anos, que passava muitas horas na farmácia, a arrumar caixas de medicamentos, a limpar o pó, a brincar, a interagir com os utentes. Era um mundo que me fascinava pela sua amplitude e abrangência de áreas de intervenção”, recorda Cristina Campos como que a justificar a inevitabilidade de entrar na indústria farmacêutica. A gestora que, ao longo dos últimos oito anos, ocupava também o cargo de diretora-geral da Novartis Farma em Portugal, assumiu no passado dia 18 de janeiro o seu primeiro desafio internacional: a liderança da área de Integrated Access Programs & Markets, inserida na estrutura de Global Health da Novartis.