Portugal tem surgido nos últimos anos como uma porta de entrada na Europa para muitos negócios e, sobretudo para muitos investidores. Também na área imobiliária se nota esta tendência de procura de imóveis na Europa a partir de Portugal.
A consultora imobiliária Athena Advisers, especialista no mercado dos Alpes francesas, anunciou que em 2024 as suas vendas nesta região cresceram cerca de 110%, alcançando um volume de transações na ordem dos 140 milhões de euros. Aliás, toda a região registou mais procura, sendo que o número de transações cresceu 30% em relação a 2023, um aumento que foi acompanhado por uma subida no valor médio das propriedades.
Curioso é notar que a empresa registou um aumento de 40% na procura de imóveis nos Alpes franceses, por parte de diversas nacionalidades radicadas em Portugal, nomeadamente americanos, britânicos, franceses e portugueses. Uma das explicações que sugere é que embora a Serra da Estrela ofereça paisagens deslumbrantes e uma leve experiência na prática de esqui, está longe de ser suficiente para o nível de exigência da crescente comunidade de esquiadores que está a fixar-se em Portugal, particularmente em Lisboa. Esta será a razão pela qual destinos conceituados de esqui, como os Alpes franceses estão a emergir como opções interessantes para os investidores imobiliários estabelecidos em Portugal.
Já ajudámos pessoas a investir até 60 milhões de euros num chalé em Val d’Isère e este nível de preços é bastante comum em toda a região dos Alpes franceses”, refere David Moura-George, diretor-geral da Athena Advisers Portugal.
A Athena Advisers, com mais de 20 anos de experiência, opera no setor residencial, em localizações premium em França, Brasil, Reino Unido, Espanha e Portugal, tendo já 5 escritórios e cerca de 50 colaboradores. “A crescente prosperidade de Lisboa está a redefinir o mapa do investimento imobiliário na Europa”, comenta, em comunicado, David Moura-George, diretor-geral da Athena Advisers Portugal. “O sol e a neve podem parecer mundos diferentes, mas a vida alpina e o surf, por exemplo, têm muito em comum: a ligação com a natureza, a emoção da aventura, a vontade de criar memórias, a paixão pela gastronomia, entre outras semelhanças. Esta tendência reflete, por um lado, a aspiração a um determinado estilo de vida e, por outro, um planeamento financeiro estratégico, reforçando o papel de Portugal como um player central no panorama de investimento europeu”, destaca este responsável.
Norte-americanos procuram mais estâncias de esqui
Portugal tem-se destacado como destino da emigração de norte-americanos para a Europa, tendo registado um crescimento de 239% entre 2017 e 2022, resultando numa população de cerca de 10 mil residentes, segundo os dados da Global Citizen Solutions. E como muitos destes expatriados querem continuar a praticar esqui, procuram as estâncias francesas, que oferecem preços competitivos. “Um passe de esqui diário nas principais estâncias norte-americanas pode custar mais de 300 dólares, enquanto em França, mesmo nas principais estâncias, um passe diário raramente excede os 70 euros”, acrescenta Moura-George, que afirma ainda que a gastronomia europeia também é um fator determinante.
Relativamente aos imóveis, os preços nas regiões alpinas, seja em França seja na América do Norte, ultrapassam, com frequência, os 40 mil euros por metro quadrado, porém, a maior diversidade de estâncias e regiões de esqui, torna a oferta francesa muito mais ampla no que toca a oportunidades de investimento. Segundo o diretor-geral da Athena Advisers Portugal, “Cada estância é um micromercado, onde os preços podem variar muito de rua para rua. Já ajudámos pessoas a investir até 60 milhões de euros num chalé em Val d’Isère e este nível de preços é bastante comum em toda a região dos Alpes franceses. Contudo, existe também muito valor e um forte potencial de investimento noutras estâncias, onde os preços de imóveis novos e bem localizados em vilas muito conceituadas podem começar em cerca de 7 mil euros por metro quadrado.”
