Artur Albarran, o repórter que trouxe as notícias da Guerra do Golfo até casa dos portugueses

Morreu o ex-jornalista Artur Albarran. Albarran tinha 69 anos e faleceu vítima de um cancro. O jornalista e apresentador televisivo nasceu em Inglaterra, em janeiro de 1953, mas foi criado em Moçambique. A sua carreira começou por volta dos 18 anos, no Rádio Clube Português, ao lado de nomes como Joaquim Furtado ou Júlio Isidro.…
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O ex-jornalista Artur Albarran foi um dos "senhores televisão" da década de 90 em Portugal. Fez a cobertura da Guerra do Golfo, em 1991, a primeira guerra com transmissão televisiva em direto.
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Morreu o ex-jornalista Artur Albarran. Albarran tinha 69 anos e faleceu vítima de um cancro.

O jornalista e apresentador televisivo nasceu em Inglaterra, em janeiro de 1953, mas foi criado em Moçambique. A sua carreira começou por volta dos 18 anos, no Rádio Clube Português, ao lado de nomes como Joaquim Furtado ou Júlio Isidro.

Após a revolução de 25 de abril de 1974 filia-se no Partido Revolucionário do Proletariado, como ativista de extrema-esquerda. Vai viver em Inglaterra, onde haveria de trabalhar na BBC.

Voltou ao nosso país, em 1980, tendo ido para a RTP, integrando a equipa fundadora do programa “Grande Reportagem”, uma referência no jornalismo de investigação na altura.

Artur Albarran destacou-se como enviado especial à Guerra do Golfo, em 1991 tendo acompanhado outros conflitos, como o conflito na Somália, em 1992.

Albarran foi chefe de redação da RTP1 e da RTP2, tendo sido diretor do jornal “O Século Ilustrado”.

Com o aparecimento dos canais de televisão privados, Albarran passa para a TVI, em 1993. Em 1996 transita para a SIC, onde apresentou programas como “A Cadeira do Poder” (1997), “Imagens Reais” e “Acorrentados” (em 2001).

Popularizou a expressão “a tragédia, o drama, o horror” para qualificar algumas situações que relatou.

Albarran acaba por se afastar da televisão e torna-se presidente do Conselho de Administração da EuroAmer, uma holding imobiliária do Grupo Carlyle, que viria a falir e dar origem, em 2005, a uma investigação do Ministério Público, num processo que haveria de ser arquivado.

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