A Forbes Global Properties é uma plataforma de mediação imobiliária que tem como principal foco o sector do luxo. Com uma rede de clientes com património elevado e ultraelevado, como descrevem, cada vez mais interessados em Portugal, a chegada da plataforma ao país acabou por ser inevitável. “Basta olhar à nossa volta. O clima, o sol, as pessoas bonitas, a comida, a segurança e a construção, eles constroem casas lindas”, afirmou Michael Jalbert, diretor executivo da Forbes Global Properties, durante uma conversa na Quinta do Lago, no Algarve.
“Vi todo o tipo de casas, desde belos apartamentos e casas antigas que foram remodeladas, até enormes mansões que estão em campos de golfe, que são simplesmente fantásticas. E tudo é rodeado por Portugal, que é um país bonito, seguro, acolhedor e com pessoas fantásticas. Quer seja um pequeno apartamento ou uma enorme mansão, está em Portugal, o que é muito especial”, disse.
Quando identificam um novo local para alargar a rede da Forbes Global Properties, o processo passa por encontrar as melhores empresas imobiliárias no país em questão. Os requisitos são elevados, mas só assim conseguem garantir a qualidade do serviço. “Empresas já estabelecidas, que compreendam o mercado, que façam um excelente trabalho com compradores e vendedores e que tenham um historial de serviço excecional. São essas as empresas que procuramos e que convidamos a aderir como empresas associadas. Não criamos uma empresa nova, procuramos uma empresa que saiba o que está a fazer e que seja realmente boa nisso. São essas as empresas que nos interessam”, garante Michael.
Como é que o diretor executivo descreve um serviço excecional neste mercado? “Uma empresa que compreenda as necessidades e os desejos de um cliente, que seja muito completa nas perguntas, que compreenda o que o cliente procura, que tenha uma reputação no mercado por saber onde se encontram os imóveis que satisfazem essa necessidade e que tenha interesse em garantir que o cliente teve uma experiência excecional”, diz.
Com o target definido, as casas disponíveis na plataforma são, então, correspondentes ao que esse tipo de clientes procura. Por norma, as empresas associadas à Forbes Global Properties já estão concentradas nos compradores de património elevado e ultraelevado, o que significa que vendem casas de valores elevados. “Tipicamente, as nossas empresas associadas ocupam-se, pelo menos, daquilo a que eu chamaria o estrato de elevado património, que seria de 2 milhões de euros ou mais. Mas, muitas vezes, também vendem abaixo disso. O que exigimos para serem membros é que, pelo menos, sejam capazes de cobrir a gama alta. Se também servirem a gama média, ótimo”, explica Michael.
Este valor mínimo foi estabelecido pensando nos clientes. Sendo eles quem vai comprar e tendo riqueza elevada, a plataforma tem de garantir que têm disponíveis as casas que eles querem comprar. “Se não conseguirem servir aquilo que os nossos clientes querem comprar, não é um match”, diz. “As casas não são uma comodidade. O meu exemplo seria: se olharmos para um BMW da série 700, são todos iguais, se olharmos para uma casa de 3 milhões de euros, com três quartos e duas casas de banho, são todas diferentes. Por isso, o importante é perceber o que é esse produto, como é que ele é especial, e ser capaz de representar essa especialidade para o consumidor.”
O poder da marca Forbes
O projeto começou em 2020, o que representou um desafio extra para a marca, devido à pandemia causada pela covid-19. Desafio esse que foi ultrapassado. Hoje, a Forbes Global Properties conta com 550 escritórios em 28 países, com cerca de 18 mil profissionais a trabalhar com a marca. “Penso que ainda não terminámos, temos muito trabalho pela frente, mas estou satisfeito com o ritmo. Mais uma vez, para nós é tudo uma questão de encontrar o fit certo. Mesmo que queiramos estar num destino, se não conseguirmos encontrar a empresa certa nesse destino, não iremos”, acrescenta.
O sucesso deve-se, também, ao nome Forbes. “A marca é muito conhecida pela qualidade e por contar histórias de sucesso. A marca sempre se centrou em contar a história do empresário e em saber como é que ele constrói o seu negócio, mas o outro ponto muito interessante é saber como é que o empresário desfruta desse sucesso. Uma coisa óbvia é que as propriedades são um bem muito importante para as pessoas bem-sucedidas”, diz Michael.
Para provar o poder da marca Forbes, o diretor executivo contratou uma empresa para ter acesso aos números exatos. O que a expressa exterior fez foi medir a percentagem de voz no mercado, em relação a sete dos principais concorrentes da Forbes Global Properties. Em outubro de 2022, a percentagem já estava fixada nos 73%. Numa segunda medição, a percentagem já estava nos 83%. “Portanto, a marca é de importância vital, mas tem que ver com a marca, com as pessoas e, obviamente, com o serviço que oferecemos. São estas as três componentes principais”, conclui.
(Artigo publicado na edição de junho/julho 2024 da Forbes Portugal)
