Concorrência multa sete empresas de segurança por participação em cartel nos concursos públicos

A Autoridade da Concorrência (AdC) aplicou uma multa de 41,3 milhões de euros a sete empresas de vigilância e segurança por participação em cartel nos concursos públicos. Em causa estão as empresas Grupo 2045, Comansegur, a Grupo 8, a Prestibel, a Prosegur, a Securitas e a Strong Charon. A investigação da AdC concluiu que “as…
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A investigação da Autoridade da Concorrência concluiu que sete empresas combinavam procedimentos, repartiam clientes e fixavam os preços dos serviços a prestar. A multa ronda os 41,3 milhões de euros.
Economia

A Autoridade da Concorrência (AdC) aplicou uma multa de 41,3 milhões de euros a sete empresas de vigilância e segurança por participação em cartel nos concursos públicos. Em causa estão as empresas Grupo 2045, Comansegur, a Grupo 8, a Prestibel, a Prosegur, a Securitas e a Strong Charon.

A investigação da AdC concluiu que “as empresas coordenaram a participação em procedimentos de contratação pública repartindo entre si clientes e fixando os níveis de preços dos serviços a prestar”.

De acordo com a entidade presidida por Margarida Matos Rosa, os serviços de segurança destas empresas foram contratados por hospitais, universidades, ministérios, agências públicas e câmaras municipais.

Do total da multa, que ascende a 41.297.000 euros, a maior parte foi aplicada à Securitas no valor de 10 331 000 euros, seguindo-se a Prosegur.

A Autoridade da Concorrência explica que, neste cartel, as empresas mantiveram um acordo secreto a partir do qual combinaram a apresentação de propostas fictícias, a supressão de propostas ou até mesmo a exclusão de participação nos procedimentos, para garantirem a contratação da empresa escolhida entre elas. Um comportamento que é “uma violação clara à Lei da Concorrência, leva a condições menos favoráveis para os adquirentes públicos do que as que resultariam de uma situação de concorrência efetiva, traduzindo-se, por sua vez, em preços mais elevados, qualidade inferior ou menos inovação”, salienta a mesma entidade.

Face à gravidade das infrações e tendo em conta as exigências de prevenção deste tipo de práticas, a AdC aplicou, ainda, uma sanção acessória às empresas, com exceção da Strong Charon. A sanção inibe as empresas de participar, por um período de seis meses, em procedimentos de contratação pública.

A repartição da coima:

•    Grupo 2045: €5.960.000

•    Comansegur: €1.175.000

•    Grupo 8: €5.008.000

•    Prestibel: €6.028.000

•    Prosegur: €8.127.000

•    Securitas: €10.331.000

•    Strong Charon: €4.668.000

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