Delta Cafés com crescimento de dois dígitos em 2024

O ano de 2024 correu de feição para o grupo Nabeiro – Delta Cafés. A constatação é do CEO do grupo de Campo Maior, Rui Miguel Nabeiro, que à margem da apresentação da nova edição do Impossible Coffee dedicada ao café Amboim, de Angola, revelou que 2024 “correu muito bem. No ano passado, crescemos a…
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O CEO do grupo de Campo Maior, Rui Miguel Nabeiro, admitiu que 2024 foi um ano de crescimento robusto, com as vendas a ascenderem a 570 milhões de euros. O negócio em Espanha foi o melhor de sempre.
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O ano de 2024 correu de feição para o grupo Nabeiro – Delta Cafés. A constatação é do CEO do grupo de Campo Maior, Rui Miguel Nabeiro, que à margem da apresentação da nova edição do Impossible Coffee dedicada ao café Amboim, de Angola, revelou que 2024 “correu muito bem. No ano passado, crescemos a dois dígitos, foi um ano, de facto, muito bom para o grupo”.

Ainda que Rui Miguel Nabeiro tenha alertado que “os aumentos de tabela inflacionam um bocado este valor, mas crescemos 14% no ano passado, portanto, um crescimento bastante robusto”. O gestor lembrou que no início do ano passado o grupo fez a aquisição de um distribuidor na Suíça, a AMD, sendo que já foi feita a fusão com a Nova Delta Suíça o, que “também acrescenta neste valor, mas não deixámos de ter um crescimento, também orgânico, muito positivo, quer em Portugal, quer fora de Portugal”.

O CEO da Nabeiro – Delta Cafés realçou que no ano passado “Espanha teve o melhor ano de sempre, tivemos um ano muito bom em Espanha, que nos ajudou bastante”. E rematou dizendo que “foi um ano muito bom, a empresa vinha de quatro anos muito difíceis, com resultados ou negativos ou perto de zero, portanto, era muito importante termos um ano positivo e o ano passado foi um ano turnaround importante para a nossa organização”. E acrescentou que as vendas ascenderam a 570 milhões de euros face ao crescimento de 14%.

Além de Espanha outro mercado Delta que ajudou a crescer foi a Suíça onde “por aquisição, duplicámos o volume de negócio “. E referiu também o contributo do trabalho que a empresa tem feito com a marca detida pela Jerónimo Martins, Biedronka, na Polónia, “onde continuamos com crescimentos muito robustos, apesar da Biedronka estar num momento mais difícil, mas o negócio e a relação com eles tem corrido muito bem para nós”. O gestor admitiu que, com a entrada da retalhista na Eslováquia, “acompanhámos esta direção e este ano temos uma aposta também muito forte de continuar este crescimento muito robusto, duplicar praticamente o número de máquinas que colocámos no ano passado. Há uma aposta muito séria que estamos a fazer também nesta parceria com a Jerónimo Martins na Polónia e agora a Eslováquia”.

O segmento das cápsulas também registou “um ano muito bom”, disse Rui Miguel Nabeiro que lembrou que “vínhamos de um ajustamento, talvez pré-Covid, em que o ano anterior tínhamos tido uma quebra das vendas, mas o negócio das cápsulas teve uma retoma muito importante o ano passado”. Aqui a Polónia “ajudou também bastante, mas em Portugal também crescemos na ordem dos 5%, portanto, de facto, foi um ano muito, muito bom para nós”.

Não há cafés impossíveis

Entretanto o grupo lançou, através Delta The Coffee House Experience, uma nova edição exclusiva, sob a chancela de Impossible Coffee, que se junta ao lote com origem nos Açores e de São Tomé e Príncipe. No mercado está agora o café Amboim: “O café coragem das mulheres de Angola” que homenageia o café́ produzido no feminino, e resulta de uma parceria com a Associação das Mulheres Empreendedoras de Porto Amboim, na província do Cuanza Sul, Angola.

Sobre este lançamento, Rui Miguel Nabeiro sublinha que “é um projeto com o qual a Delta se identifica muito. Porque Angola é um país com um simbolismo muito forte para a Delta e para a Angonabeiro. Não só porque a Angonabeiro é uma empresa que está há 27 anos no mercado angolano, mas porque praticamente desde a origem da Delta, Angola tem um peso importante”.

E lembrou que o avô e fundador do grupo, Rui Nabeiro, “sempre disse da importância que a Angola teve na construção da empresa”. O facto de este lote “ser de Angola e ser um projeto de 12 mulheres apaixonantes com uma emoção e um lado emocional muito forte por trás, é muito importante para nós. E este é o tipo de projetos que nos apaixonam”.

De acordo com o grupo, o novo lote resulta da coragem e resiliência de doze mulheres que se uniram para manter viva a produção de café na província de Amboim.

Nesta parceria, além de adquirir o café, a Delta Cafés vai doar 20% da faturação que fizer a este projeto porque há a ambição destas 12 mulheres de cada uma ter um hectare de terra para produzir. “Aquilo que queremos é tornar possível que cada uma delas de facto possa ter um hectare e poder eventualmente, que é o sonho delas conseguir que cada uma tenha uma tonelada de café por ano”.

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