EUA: Tarifas impulsionam corrida ao Iphone. Clientes temem subida brutal de preço

A guerra comercial que se instalou desde que Donald Trump decidiu aumentar as tarifas de importação aos bens de vários países do mundo, não está a deixar ninguém indiferente. Países, empresas e consumidores estão expectantes com os impactos que estas taxas possam ter na economia e nas vendas. E nem mesmo os consumidores norte-americanos ficaram…
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Receosos com as previsões da subida em flecha do preço dos Iphone, os clientes norte-americanos da Apple correram para as lojas da marca para comprar smartphones antes da previsível escalada do seu valor.
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A guerra comercial que se instalou desde que Donald Trump decidiu aumentar as tarifas de importação aos bens de vários países do mundo, não está a deixar ninguém indiferente. Países, empresas e consumidores estão expectantes com os impactos que estas taxas possam ter na economia e nas vendas. E nem mesmo os consumidores norte-americanos ficaram alheios ao que se passa no resto do mundo.

Segundo noticias divulgadas em meios de comunicação social internacionais, os americanos iniciaram uma corrida às lojas da Apple, com receio dos aumentos dos smartphones da marca. Estes consumidores poderão ter de enfrentar o primeiro aumento de preços dos modelos iPhone Pro desde 2017, com o iPhone X a fixar o preço base em 999 dólares (cerca de 893 euros).

A empresa cofundada por Steve Jobs tem atualmente uma capitalização bolsista de 1,86 biliões de dólares (cerca de 1,67 biliões de euros), mas perdeu valor nos últimos seis meses, com uma queda de cerca de 17% neste período.

Há, aliás, especialistas, consultados pela imprensa, que referem que o iPhone 16 Pro Max mais caro pode subir de 1.599 dólares (cerca de 1.430 euros) para 2.300 dólares (2.055 euros), enquanto outros preveem que, se os iPhones forem fabricados nos Estados Unidos, o custo poderá chegar aos 3.500 dólares (cerca de 3.128 euros). De acordo com um relatório da TechInsights, as tarifas de Trump sobre produtos chineses significam que o custo para a Apple fabricar um iPhone pode saltar de 580 dólares (518 euros) para 850 dólares (cerca de 759 euros)

O futuro dos preços deste equipamento é ainda incerto, mas como consequência, as lojas Apple registaram nos últimos dias uma avalanche de consumidores a adquirir Iphone, preocupados com a possível escalada de preços.

Como poderá a Apple contornar a questão?

Embora em confirmar toda esta questão, a Apple anunciou que irá produzir temporariamente mais iPhones na Índia, que enfrenta uma taxa de importação bem menor do que da China. Segundo dados acabados de divulgar na imprensa internacional a Apple terá recebido cerca de 600 toneladas de equipamentos Iphones provindas da Índia, a precaver a questão das tarifas de importação, que no caso deste mercado asiático, se situam nos 26%. Isto equivale a cerca de 1,5 milhões de smartphones enviados.

A empresa norte-americana não deverá reestruturar completamente as suas cadeias de abastecimento, mas já iniciou há alguns anos uma estratégia de fabrico de alguns dos seus produtos em outras localizações, como a Malásia, a Tailândia, o Vietnam e a Irlanda. Embora Donald Trump queira trazer de novo a indústria para dentro de portas não se espera que a Apple consiga produzir nos Estados Unidos, pois esta decisão tornaria o produto muito mais caro.

A empresa cofundada por Steve Jobs tem atualmente uma capitalização bolsista de 1,86 biliões de dólares (cerca de 1,67 biliões de euros), mas perdeu valor nos últimos seis meses, com uma queda de cerca de 17% das suas ações neste período. Esta é uma das empresas tecnológicas mais expostas à guerra das tarifas, pois a maioria da sua produção é feita na China.

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