Grande entrevista a António Alegre, CEO das Páginas Amarelas

Vá pelo seu… touch O icónico ‘Vá pelos seus dedos” que durante décadas fez parte das nossas vidas, tem uma nova razão de existir para as pequenas e médias empresas: o marketing digital.  E, desde então, a faturação tem crescido, tirando partido do capital histórico e potenciando a marca, diz António Alegre, o único acionista…
ebenhack/AP
A transformação estratégica de uma empresa, aproveitando o seu capital humano e a sua icónica marca.
Destaque

Vá pelo seu… touch

O icónico ‘Vá pelos seus dedos” que durante décadas fez parte das nossas vidas, tem uma nova razão de existir para as pequenas e médias empresas: o marketing digital.  E, desde então, a faturação tem crescido, tirando partido do capital histórico e potenciando a marca, diz António Alegre, o único acionista da empresa que até estaria disposto a abrir a estrutura, se acrescentasse valor às Páginas Amarelas.

Texto: Nilza Rodrigues

Fotos: Victor Machado

Antigamente as Páginas Amarelas eram definidas como “uma lista telefónica de empresas e serviços, internacionalmente conhecido pela cor amarela do diretório comercial”.  O que é hoje a Páginas Amarelas? Como a define o seu CEO?

A Páginas Amarelas é hoje líder de mercado no segmento do marketing digital para as PME’s e um dos principais aliados das empresas portuguesas na ampliação dos seus negócios, por via do apoio que lhes prestamos nas suas jornadas de digitalização. À semelhança do que acontecia quando éramos um diretório físico de empresas, através das listas telefónicas, continuamos a aproximar consumidores e empresas, quem procura, de quem oferece mas agora no digital. E prosseguimos como uma grande escola de vendas, agora também de marketing digital; formamos dezenas de profissionais todos os anos, algo de que nos orgulhamos muito.

Uma mudança de 360ª levada a cabo, naquela altura, em 2017, por dois jovens de 27 anos. O que tinham em mente, o que os motivou?

De forma muito simples, a Páginas Amarelas tinha a marca, a base de clientes e a força de vendas; nós tínhamos tecnologia (que fornecíamos à Páginas Amarelas através da empresa onde estávamos, a DUE) e conhecimento do negócio – foi uma questão de conjugarmos tudo. 

Apesar de ter visto o seu único produto – em Portugal, as listas telefónicas – tornar-se obsoleto com o advento da internet e das comunicações móveis, a Páginas Amarelas continuava a apresentar potencial de negócio, uma vez que a marca estava amplamente enraizada no país e tinha aquilo que é o mais importante, a carteira de clientes. Por outro lado, sentimos que havia um enorme capital histórico de marca que podia (e devia) ser aproveitado, ser reinventado e devidamente adaptado aos novos tempos, a partir das oportunidades trazidas pelo digital.

Na altura, a empresa foi adquirida em Processo Especial de Revitalização pela Norshare, o António Alegre e o João Aroso. Mas, entretanto, o António assumiu-a sozinho. É o único acionista neste momento? Estaria disponível a abrir a estrutura?

Atualmente sou acionista único da Páginas Amarelas. E sim, estaria disponível a abrir a estrutura da empresa, contando que fosse uma solução que acrescentasse valor à Páginas Amarelas.

Mais Artigos