Alice Walton, a única filha do fundador da Walmart, Sam Walton, ultrapassou a francesa Françoise Bettencourt Meyers e tornou-se na mulher mais rica do mundo pela primeira vez desde maio de 2022.
Com uma fortuna avaliada em 89,1 mil milhões de dólares, Alice Walton, de 74 anos, ultrapassou a herdeira da L’Oréal, que tinha assumido o estatuto de ser a primeira mulher com uma fortuna de 100 mil milhões de dólares em junho. Aos dias de hoje, a herdeira francesa tem um património avaliado em cerca de 88,4 mil milhões de dólares.
A herdeira da Walmart é agora a 18ª pessoa mais rica do mundo, de acordo com a Forbes, um lugar atrás do seu irmão Rob Walton. As ações da Walmart subiram 47% até à data, enquanto a L’Oréal desceu 13% durante o mesmo período.
Apesar de terem vendido mais de 22 mil milhões de dólares em ações da Walmart durante a última década – e de terem doado mais de 11 mil milhões de dólares em ações do retalhista – os herdeiros de Sam Walton ainda detêm quase 46% da empresa fundada pelo pai, devido a significativas recompras de ações que impediram que a participação da família fosse diluída.
A Forbes calcula que três quartos das ações do clã estão divididos equitativamente entre Alice Walton e os seus irmãos Jim e Rob Walton, que valem 95,9 mil milhões de dólares e 94,2 mil milhões de dólares, respetivamente. A maior parte do restante capital pertence aos herdeiros do seu irmão John Walton (falecido em 2005): a viúva Christy Walton e o filho Lukas Walton, que valem 16,4 mil milhões de dólares e 33,9 mil milhões de dólares, respetivamente.
Alice Walton, que trabalhou por algum tempo na Walmart na área de compras de roupas infantis, depois de se formar na Trinity University no Texas em 1971, acabou por mudar de rumo para a curadoria de arte. Presidiu ao Museu de Arte Americana Crystal Bridges da família, na cidade natal de Bentonville, Arkansas, durante uma década, antes de passar as rédeas à mulher do seu sobrinho Tom Walton, Olivia Walton, em 2021.
A milionária aumentou a aposta em filantropia ao longo da última década, investindo mais de 5,7 mil milhões de dólares em cinco fundações familiares de beneficência que distribuíram mais de 1,1 mil milhões de dólares dos fundos. Uma iniciativa que inclui mais de 377 milhões de dólares que a Fundação Art Bridges gastou na aquisição e empréstimo de obras de arte americana a mais de 230 museus em todo o país desde a sua fundação em 2016. Entretanto, a sua nova Escola de Medicina Alice L. Walton prevê receber a primeira turma em Bentonville em 2025.
(Com Forbes Internacional/Matt Durot)