Internacionalizar de forma disruptiva

É possível tornar uma marca verdadeiramente global sem estar presente em todos os continentes? A resposta é: Sim. Até mesmo uma empresa de média dimensão pode conseguir uma notoriedade planetária. O caminho para lá chegar faz-se com audácia na seleção de projetos com visibilidade global. A Antarte é um case study enquanto marca que percebeu…
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No artigo de opinião, Mário Rocha explora como a audácia estratégica pode levar uma marca a alcançar notoriedade global sem presença física em todos os continentes.
Forbes LAB

É possível tornar uma marca verdadeiramente global sem estar presente em todos os continentes? A resposta é: Sim. Até mesmo uma empresa de média dimensão pode conseguir uma notoriedade planetária. O caminho para lá chegar faz-se com audácia na seleção de projetos com visibilidade global.

A Antarte é um case study enquanto marca que percebeu que o seu ADN – a criação de mobiliário de design intemporal – tinha amplitude para abraçar projetos de dimensão internacional em áreas conexas. Mostrar a competência da marca para materializar peças personalizadas para individualidades de renome mundial ou projetos em co-autoria com grandes vultos do design, das artes ou da arquitetura, mostrou ser uma aposta que colhe frutos a curto, médio e longo prazo.

Depois de um vasto currículo, construído ao longo de mais de uma década, onde se contam três projetos para o Vaticano, dois com o primeiro Pritzker português, o arquiteto Siza Vieira, peças personalizadas para dois presidentes da República, ou projetos em co-autoria com Joana Vasconcelos ou Nini Andrade Silva, a Antarte estava preparada para mais um desafio de visibilidade global: materializar peças de mobiliário desenhadas pelo arquiteto japonês Kengo Kuma para o Pavilhão de Portugal na Expo Mundial de Osaka, no Japão.

As experiências anteriores foram uma mais-valia na coordenação dos canais de comunicação com um parceiro sediado no Extremo Oriente. Outro fator crítico de sucesso nesta parceria foi a partilha de um conjunto de princípios de design com o atelier do conceituado arquiteto japonês Kengo Kuma, que além do mobiliário, desenhou também o pavilhão de Portugal.

As 44 peças de mobiliário foram materializadas em matérias-primas que honram a portugalidade e a sustentabilidade, como madeira de freixo e cortiça nacional e ainda algodão (para revestimento dos sofás). Tudo foi manufaturado com técnicas que respeitam o saber ancestral da marcenaria portuguesa. A mesa para colocar o livro de honra do Pavilhão de Portugal é uma verdadeira escultura composta por 177 peças torneadas manualmente ao longo de mais de 200 horas de trabalho.

O case study a retirar resume-se à audácia estratégica de nem sempre seguir fórmulas clássicas para internacionalizar. A Antarte afirmou-se definitivamente como embaixador da marcenaria portuguesa no mundo, retirando daí um claro benefício de posicionamento no mercado português e além fronteiras. Uma prova de que, afinal, muitos exemplos de sucesso, criam-se sobre- tudo com base na disrupção.

Este artigo foi produzido em parceria com a Antarte.

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