Mota-Engil é a única portuguesa no Top 100 das maiores construtoras

Carlos Mota Santos representa Portugal no Global Powers of Construction da Deloitte ocupando a 56ª posição. De acordo com o relatório da consultora, as vendas da Mota-Engil ascenderam a 6,005 milhões de dólares em 2023, mais 49,9% que no período homólogo. A construtora alcançou uma capitalização de mercado de 1,344 milhões de dólares, um aumento…
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A Mota-Engil é a única empresa nacional no Global Powers of Construction da Deloitte, ocupando a 56º lugar. As receitas do setor atingiram os dois mil milhões de dólares em 2023.
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Carlos Mota Santos representa Portugal no Global Powers of Construction da Deloitte ocupando a 56ª posição. De acordo com o relatório da consultora, as vendas da Mota-Engil ascenderam a 6,005 milhões de dólares em 2023, mais 49,9% que no período homólogo. A construtora alcançou uma capitalização de mercado de 1,344 milhões de dólares, um aumento de 250% em relação ao ano anterior.

A família do empresário António Mota, acionista da Mota-Engil, está presente na lista dos 50 mais ricos da Forbes Portugal, que o coloca na 25ª posição da lista, com um património de cerca de 513 milhões de euros, assente na Mota-Engil, sociedades agrícolas e imobiliário.

O mesmo estudo revela ainda que as 100 maiores empresas de construção do mundo geraram receitas de 1,997 biliões de dólares durante o ano passado, mais 3,4% face a 2022.

O Global Powers of Construction analisa a indústria da construção mundial e avalia as estratégias e o desempenho dos principais grupos de construção presentes em bolsa no último ano.

Em termos geográficos, mais de metade das receitas (53,5%) têm origem em empresas sediadas na China. As restantes receitas provêm maioritariamente da Europa – sobretudo de França e Espanha –, do Japão, dos Estados Unidos e da Coreia do Sul. A Deloitte salienta que estas geografias representam cerca de 21%, 9%, 8% e 5% das vendas totais, respetivamente.

A China State Construction Engineering lidera, tal como nos anos anteriores, o ranking tendo registado cerca de 320 mil milhões de dólares de receitas em 2023. O restantes dois lugares do pódio, que se mantém também inalterado, inclui a China Railway Group e a China Railway Construction que, em conjunto, representam cerca de 33% das receitas das empresas analisadas.

O relatório da Deloitte conclui ainda que os países com maior número de empresas representadas são o Japão e os Estados Unidos da América, cada um com 14 companhias. Por número de empresas, a Europa tem a maior presença no setor, com 40 grupos de construção incluídos no ranking. As vendas agregadas dos grupos europeus aumentaram 11,3% em relação ao ano anterior.

Citada em comunicado, a Partner da Deloitte que lidera os setores de Energy, Resources & Industrials em Portugal, Sofia Tenreiro, explica que “apesar de 2023 ter sido um ano de recuperação para o setor da construção, as receitas internacionais das 30 maiores empresas ainda estão abaixo dos números alcançados no período anterior à pandemia”.

Sofia Tenreiro sublinha que “com as vendas internacionais a subir para 18,4% do total, contra 17,1% no ano anterior, observamos uma recuperação gradual. Estes números refletem a resiliência do setor, mas também a necessidade contínua de inovação e adaptação estratégica”. Sobre o mercado português salienta que “as empresas nacionais têm na diversificação do seu portfólio um caminho que poderá potenciar o aumento da sua presença num mercado internacional cada vez volátil e incerto”.

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