O dashboard da Rita é uma…onda

A azáfama de tirar o fato de surf e usar um mais formal, mas nem tanto assim pois a tecnológica não impõe um dress code, é já quase uma rotina para a CFO da Microsoft Portugal onde agora, com um espaço renovado na Expo, a máxima de Satya Nadella ganha contornos de missão: “Empower every…
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Há 16 anos na Microsoft, três dos quais como CFO, uma conversa no feminino sem mar flat e com muito know-how para ler na revista de junho/julho, nas bancas.
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A azáfama de tirar o fato de surf e usar um mais formal, mas nem tanto assim pois a tecnológica não impõe um dress code, é já quase uma rotina para a CFO da Microsoft Portugal onde agora, com um espaço renovado na Expo, a máxima de Satya Nadella ganha contornos de missão: “Empower every person and organization on the planet to achieve more”. Adaptado para Portugal, “empower every Pessoa”, em analogia a Fernando Pessoa, explica Rita Piçarra que veste esta camisola há mais de década e meia; ”Cada vez se torna mais fundamental trabalharmos para empresas que tenham um propósito social, uma cultura com que nos identificamos e uma missão que valorizamos” O seu grito de Ipiranga deu-se em 2003, trabalhava na altura como auditora, de uma forma muito intensa e stressante, conta-nos, até que a morte súbita do futebolista Fehér lhe fez parar. Há momentos assim e “a partir desse momento e refletindo no facto de que tudo pode simplesmente acabar de um dia para o outro, comecei a questionar quais eram os meus objetivos de vida. Alguns meses depois estava a auditar a Microsoft e surgiu, da CFO da altura Fátima Vieira, o convite para participar no processo de entrevistas para controller financeira de uma área de negócio”. E assim entrou no admirável mundo novo a surfista, a mãe e a viajante convicta que cita Saint Augustine “The world is a book and those who do not travel, read only one page”. Nas suas palavras, “esta é uma maneira interessante de fazer a analogia. Uma página de um livro só lhe dará uma informação. Nunca saberá o que acontece no próximo capítulo, muito menos no final do livro. Esse é o destino daqueles que ficam num lugar e nunca visitam outros lugares. Se visitar comunidades próximas com a mesma cultura, vai ler novamente a mesma página que já leu. Além de tentar satisfazer a minha curiosidade quase insaciável, há muito a aprender com outras culturas e pontos de vista”. Do Brasil a Miami e de Portugal para o resto do mundo, Rita vai colhendo experiências e acumulando saber sob uma máxima “we need to work smart, not hard”: Assim lhe ensinou a mãe que “para avaliar se um trabalho está bem feito tens que o saber fazer. Eu aprendo a fazer. Gosto de trabalhar com pessoas que fazem perguntas que questionam o “porquê” e que não têm receio de experimentar novas soluções para desafios recorrentes”. Da sua mãe, confidencia-nos, guarda ainda outra herança, o colar de pérolas que o pai lhe ofereceu e que ela apenas usava em ocasiões muito especiais. “O meu colar de perolas recorda-me a minha mãe, que embora tenha usado o seu colar poucas vezes, usou-o com orgulho e distinção. A vida pode ser demasiado curta, os colares devem ser usados para celebrar todas as ocasiões, sejam elas grandes ou pequenas. Devemos celebrar as nossas conquistas, agradecer a oportunidade de continuar a lutar para alcançar os nossos objetivos, e se falharmos devemos aprender com os nossos erros usando-os como plataformas para caminhar no sentido do sucesso”, diz.

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