Polígrafo e ISCTE lançam Pós-Graduação em fact-checking e desinformação

Nos últimos anos, a disseminação e consumo das ditas “fake news” e o impacto que a desinformação tem nas sociedades democráticas tem vindo a ganhar espaço no debate público. Apesar da relevância da questão, não existe até agora em Portugal nenhuma oferta letiva que ajude os cidadãos em geral e profissionais da comunicação em particular…
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A Pós-Graduação em Fact-Checking, Desinformação e Informação resulta de uma parceria entre o Polígrafo e o ISCTE e destina-se quer a profissionais da comunicação, quer ao público em geral.
Economia

Nos últimos anos, a disseminação e consumo das ditas “fake news” e o impacto que a desinformação tem nas sociedades democráticas tem vindo a ganhar espaço no debate público. Apesar da relevância da questão, não existe até agora em Portugal nenhuma oferta letiva que ajude os cidadãos em geral e profissionais da comunicação em particular a explorar os fenómenos da informação, da desinformação e da verificação de factos.

Dessa ausência de oferta académica nasce a Pós-Graduação em Fact-Checking, Desinformação e Informação.

Organizada pelo IPPS-Iscte, em parceria com o jornal de fact-checking Polígrafo, a Pós-Graduação nasce no âmbito do projeto de investigação Iberifier – Observatório Ibérico dos Media Digitais e da Desinformação, parte do European Digital Media Observatory, de que o ISCTE e o Polígrafo fazem parte, juntamente com mais 21 entidades de Portugal e Espanha.

A pós-graduação funcionará em horário pós-laboral, três dias por semana (terças, quartas e quintas-feiras, das 18h-22h30), ao longo de dois semestres (fevereiro a junho de 2023 e setembro a dezembro de 2023), em regime presencial no campus de Lisboa do ISCTE-IUL. Composta por 10 unidades curriculares, a pós-graduação atribui 60 créditos ECTS (210 horas de contacto).

A direção científica está a cargo de Gustavo Cardoso (ISCTE), e a direção-executiva é assegurada por Miguel Crespo (CIES) e Fernando Esteves, diretor do Polígrafo. Ao todo, 13 especialistas darão esta pós-graduação.

As candidaturas terminam a 9 de janeiro 2023. Há 25 vagas.

A formação pretende “conferir maior autonomia e maior rigor na análise e na resposta aos diferentes tipos de produção de conteúdos mediáticos, tanto informativos como desinformativos”.

Do lado do consumidor, a formação tem como objetivo “fornecer ferramentas que contribuam para o consumo crítico e informado das mensagens mediáticas, informativas e desinformativas, identificando facilmente elementos de manipulação, desinformação ou ausência de rigor”.

As 10 unidades curriculares do curso são: Fact-checking multiplataforma; Estudos Críticos em Media e Jornalismo; Literacia dos novos media; Dinâmicas Sociais na Internet; Géneros digitais, Alinhamento e fontes jornalistas; Técnicas e práticas do jornalismo de verificação de factos; Redes sociais e gestão de comunidades; Métodos e ferramentas de recolha de informação aberta na internet; Jornalismo de dados e visualização de informação; e Métodos de análise multimédia.

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