A Professional Women’s Network Lisbon (PWN Lisbon) realizou mais um encontro anual, sob o mote “Liderança com Impacto | Lugares (In)visíveis que transformam o Mundo”. Ao longo de uma manhã um painel de oradores deu a sua visão de como a sua liderança está a ter impacto nas organizações. Tiago Forjaz, fundador e Managing Partner da The Epic Talent Society, foi o host, sendo que, o evento contou com Luís Portela, presidente da Fundação Bial, como primeiro keynote speaker, Rita Nabeiro, administradra do grupo Nabeiro-Delta Cafés e Board Member da PWN Lisbon, a comunicadora Inês Meneses e Céline Abecassis-Moedas, Pró-Reitora da Universidade Católica Portuguesa. Gonçalo Saraiva Matias, presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, apresentou o case study “Os factos visíveis”. Helena Freitas, Professora da Universidade de Coimbra e Diretora do Parque de Serralves, foi a segunda keynote speaker. O encontro foi também palco para a PWN Lisbon anunciar o arranque de um estudo para medir a sua atividade ao longo dos 13 anos de vida em Portugal. Com o suporte científico do investigador Carlos Azevedo, da Universidade Católica Portuguesa, o estudo a realizar ao longo dos próximos meses irá auscultar de forma qualitativa e quantitativa o universo de stakeholders envolvidos e vai permitir aferir o impacto da oferta de programas, iniciativas de formação, networking e partilha de boas práticas na preparação para a liderança, bem como apontar caminhos para a evolução estratégica da organização.
À margem do encontro, a presidente da PWN Lisbon, Paula Perfeito, falou com a Forbes Portugal e faz um retrato destes 13 anos de atividade e dá umas luzes sobre o futuro próximo da organização.
A PWN está com 13 anos de existência e quase a entrar na idade adulta. Qual o papel que a PWN tem tido ao longo destes anos?
Estou profundamente convicta de que, ao longo destes 13 anos, nos seus diferentes eixos de atividade, a PWN Lisbon consolidou a sua posição como referência das organizações portuguesas na sua jornada da diversidade. Hoje, 13 anos depois, temos um ecossistema de organizações parceiras que supera as 50 empresas do público, do privado, da economia social, fundamentalmente do setor privado e, portanto, há de facto aqui vários desafios, mas já são várias as organizações no país, nos setores mais relevantes, que identificaram a PWN Lisbon como o parceiro de referência para elas próprias fazerem a sua jornada da diversidade e para compensarem e contornarem os tais indicadores no seio das suas estruturas que ainda não permitem o equilíbrio de género, de gerações, de áreas formativas de unidades de negócio, se quisermos assim, nos cargos de liderança, nos cargos de decisão. E, portanto, se eu tiver de olhar para o futuro e dizer aquilo em que a PWN Lisbon teve a capacidade de se afirmar de uma forma relevantíssima e sólida é de facto ter sido identificada como parceiro de referência relevante nessa jornada.
Recentemente realizaram o encontro anual, sob o mote “Liderança com Impacto | Lugares (In)visíveis que transformam o Mundo”. O que ficou das várias intervenções?
Em primeiro lugar, procuramos ter em palco pessoas que representam e simbolizam territórios de uma enorme singularidade. Pessoas que lideram fundações, pessoas que são comunicadoras há mais de 30 anos na rádio, pessoas que estão na academia e, portanto, formam pessoas nas suas diferentes gerações, pessoas que estão ligadas à sustentabilidade, à biodiversidade e que partilharam conosco um conjunto de conceitos, de terminologias que são relevantíssimas para repensarmos a nossa própria liderança, o nosso estilo de liderança e o sentido com que desempenhamos os nossos vários papeis de liderança, seja nas organizações em que estamos ou nas comunidades, nas organizações em que somos voluntários e em que desenvolvemos projetos nos quais acreditamos e pelos quais somos fervorosamente convictos.
Mas como se pode ter esse efeito impactante?
Em síntese que se reuniu um conjunto de lições de vida de várias disciplinas, portanto, a multidisciplinaridade, a ensinar-nos que a partir de uma só formação, a partir de uma só idade, de uma só geração, nós não vamos construir nada de novo e, sobretudo, nada verdadeiramente impactante, nada que tenha uma capacidade de transformar o outro, de fazer o outro evoluir, de fazer o outro desenvolver-se. E este efeito em rede, se conseguirmos paulatinamente gerar este efeito, ao longo do tempo vamos construir uma coisa muito maior por cada um de nós. Portanto, se tiver de sintetizar, juntaram-se personalidades que, a partir das suas diferentes disciplinas, contribuíram para que cada um de nós reflita o seu estilo de liderança e a sua capacidade de gerar impacto.