Quinta medieval em Viana do Castelo berço de um novo vinho verde que chega agora ao mercado

Em 2022, após alguns meses de negociações com o Grupo Soja de Portugal, a Granvinhos adquiriu a Quinta de S. Salvador da Torre, em Viana do Castelo, alargando, deste modo, a sua atuação e presença noutras regiões vinícolas do país. A Quinta de S. Salvador da Torre, uma propriedade com mais de 400 anos de…
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Adquirida há dois anos pelo Grupo Granvinhos, a Quinta de S. Salvador da Torre, em Viana do Castelo, deu agora corpo a um novo vinho verde de casta Loureiro que quer ser uma referência da região.
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Em 2022, após alguns meses de negociações com o Grupo Soja de Portugal, a Granvinhos adquiriu a Quinta de S. Salvador da Torre, em Viana do Castelo, alargando, deste modo, a sua atuação e presença noutras regiões vinícolas do país.

A Quinta de S. Salvador da Torre, uma propriedade com mais de 400 anos de história e casa senhorial, soma 37 hectares de terreno, dos quais 30 eram de vinha.

A sua exploração agrícola era feita em parceria com Anselmo Mendes, modelo que foi e será mantido nos próximos anos, concretizando-se, assim, o primeiro projeto conjunto entre Anselmo Mendes e Jorge Dias, algo que ambos ambicionavam, tendo em conta os 30 anos de amizade que os liga. Cerca de ano e meio depois, eis o primeiro vinho resultante desta parceria: acaba de chegar ao mercado o Quinta de S. Salvador da Torre Loureiro DOC Vinho Verde 2023.

Situada na margem direita do rio Lima, a 10 km do oceano Atlântico, a localização da Quinta e o seu terroir, com solos estratificados de granito e xisto, oferecem condições ideais para a produção de vinhos de excelência, de acordo com os empreendedores deste projeto: “Exemplo disso é este Quinta de S. Salvador da Torre Loureiro DOC Vinho Verde 2023: um vinho produzido a partir da casta Loureiro que, no ecossistema deste vale, encontra condições perfeitas para se exprimir na sua forma mais elegante”.

Na Quinta, a casta Loureiro ocupa as cotas mais elevadas, a cerca de 30 metros de altitude, em terraços levemente inclinados e expostos a sul. A vinha é conduzida em cordão royat unilateral, com enrelvamento e em modo de produção integrada.

O resultado é um vinho verde “de cor citrina e reflexos dourados, característica da casta, com aromas florais de laranjeira e jasmim, além de notas cítricas de toranja, num conjunto elegante e delicado. Na boca apresenta textura consistente, com notas salinas e boa acidez, que lhe conferem uma frescura vibrante. Vinho para consumir até ao oitavo ano”, segundo os enólogos.

Pela mão da Granvinhos, o projeto da Quinta de S. Salvador da Torre passa pelo desenvolvimento do potencial da casta Loureiro. O objetivo é tornar a Quinta e a sua marca referências na região dos vinhos verdes, apostando na qualidade dos produtos, na sustentabilidade ambiental e na valorização do território e do património. “Acredito no futuro do Vinho Verde e, em particular, das castas Alvarinho e Loureiro, um produto muito bem-adaptado aos novos tempos e hábitos de consumo, que necessita, contudo, de ser valorizado pela ligação às respetivas zonas de produção, bem como à dieta atlântica, na qual Portugal tem uma oferta ímpar”, explica Jorge Dias, Diretor-Geral da Granvinhos. Com um pvp recomendado de 9,49€, o Quinta de S. Salvador da Torre Loureiro DOC Vinho Verde 2023 estará́ à venda nas principais garrafeiras e restaurantes de todo o país, além da loja online do grupo.

As origens da Quinta de S. Salvador da Torre

As origens da Quinta de S. Salvador da Torre remontam à Idade Média. Inicialmente parte do património do Mosteiro Beneditino de S. Salvador da Torre, recebeu carta de couto de D. Afonso Henriques em 1129.

Ao longo dos séculos, a propriedade passou por várias mãos, com destaque para a família Rocha Brandão, que teve a Quinta em sua posse durante quase 400 anos e que ali construiu o solar e a capela dedicada a Santo Isidoro no século XVII, por Bula do Papa Júlio III.

No início do século XX, a quinta foi vendida ao banqueiro José Carreira de Sousa. Este novo proprietário e os seus herdeiros desenvolveram a viticultura, chegando a produzir 120 pipas de vinho branco de qualidade. Em 1980, foi adquirida pela Soja de Portugal, que expandiu suas atividades para a pecuária e que a vendeu em 2022 à Granvinhos.

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