Relatório mostra que apoio a startups é imprescindível, mas altamente recompensador

O relatório Accelerating European Innovation, compilado pela Dealroom, Dealflow.eu, Europe Startup Nations Alliance (ESNA) e EU-Startups, sobre o ecossistema de startups apoiadas pela União Europeia (UE), revela que as subvenções e programas-quadro da UE, como o Horizonte Europa, ajudaram a que startups e scaleups inovadoras tivessem uma criação de valor de €520 mil milhões de…
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Os programas da UE apoiaram as startups europeias com 12 mil milhões de euros de financiamento, mas estas startups angariaram 70 mil milhões de euros adicionais em financiamento de capital de risco. As empresas apoiadas estão, agora, coletivamente valorizadas em 520 mil milhões de euros.
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O relatório Accelerating European Innovation, compilado pela Dealroom, Dealflow.eu, Europe Startup Nations Alliance (ESNA) e EU-Startups, sobre o ecossistema de startups apoiadas pela União Europeia (UE), revela que as subvenções e programas-quadro da UE, como o Horizonte Europa, ajudaram a que startups e scaleups inovadoras tivessem uma criação de valor de €520 mil milhões de euros.

Mais em pormenor: os programas da UE apoiaram as startups europeias com 12 mil milhões de euros de financiamento, mas estas startups angariaram 70 mil milhões de euros adicionais em financiamento de capital de risco. As empresas apoiadas estão, agora, coletivamente valorizadas em 520 mil milhões de euros.

De acordo com este relatório, este valor representa 10% de todas as startups apoiadas por capital de risco na Europa.

O relatório combina dados da Comissão Europeia com informação global sobre startups da Dealroom, analisando mais de 13.600 startups apoiadas pela UE. Este relatório constitui a primeira avaliação completa do impacto dos programas de apoio às startups da UE no crescimento e na inovação e, segundo os seus autores, deverá servir de estímulo para alavancar ainda mais a inovação na Europa e fazer frente à concorrência dos EUA.

“Estamos muito satisfeitos por ver que as startups apoiadas pela UE conseguiram quase multiplicar por seis vezes o seu financiamento público de 12 mil milhões de euros, angariando mais de 70 mil milhões de euros em financiamento privado e realizando um valor empresarial de 520 mil milhões de euros. Dito isto, ficámos chocados ao ver que apenas 5% dos 225 mil milhões de euros de financiamento público foram para startups e esperamos que esta atribuição mude nos futuros programas-quadro”, refere Thijs Povel, Managing Partner na Dealflow.eu.

Ao longo dos últimos três programas-quadro da UE, 13.600 startups receberam financiamento, num total de 12 mil milhões de euros da UE e 70 mil milhões de euros de capital de risco privado, tendo já o valor de 520 mil milhões de euros.

Cerca de 74% das startups apoiadas pela UE fabricam produtos físicos, sobretudo em áreas tecnológicas de ponta, em comparação com 25% no ecossistema europeu total, aponta este relatório que salienta que o apoio da UE também desempenha um papel fundamental em setores como a tecnologia espacial, os semicondutores, a tecnologia climática e a robótica.

De acordo com esta análise, estas startups apoiadas pela UE, especialmente em setores de deep tech como IA, robótica e tecnologia climática, têm também uma taxa de sucesso significativamente maior entre as rondas de capital de risco, em comparação com as startups europeias apoiadas por capital de risco que não receberam qualquer financiamento da UE. “Estas conclusões mostram o papel importante que os programas da UE desempenham, muitas vezes na fase early-stage, na redução do risco da trajetória de crescimento dos campeões tecnológicos europeus”, indica esta análise.

Apesar do seus resultados promissores, a maioria das startups apoiadas pela UE permanece em fases iniciais, necessitando de mais financiamento para escalar. Algumas das recomendações para a Comissão Europeia incluem, por isso, a expansão do investimento em start-ups e o aumento da atribuição de financiamento.

Yoram Wijngaarde, fundador e diretor executivo da Dealroom, acrescenta: “Este relatório mostra que o financiamento público pode reduzir o risco da inovação inicial e abrir caminho ao capital privado, com resultados muito positivos”.

O documento destaca em especial dois casos de sucesso: a BioNTech, que desenvolveu uma vacina contra a COVID-19, e a ARM, especialista na tecnologia de chips móveis, que “demonstram o grande potencial de inovação das empresas europeias” em áreas tecnológicas fundamentais.

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