O governo dos Estados Unidos registou uma queda global de dois dígitos nas chegadas internacionais no mês passado, com perdas muito maiores no Canadá, no México e no lucrativo mercado da Europa Ocidental, o que sugere que os turistas estrangeiros estão a afastar-se em número significativo devido ao tópico da tarifas e as decisões de Donald Trump em relação à imigração.
Menos 17% de europeus ocidentais visitaram os EUA em março, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados preliminares divulgados pelo Gabinete Nacional de Viagens e Turismo (NTTO), a agência do Departamento de Comércio dos EUA que acompanha as estatísticas do turismo.
Os governos dos dois maiores mercados europeus – o Reino Unido (menos 15%) e a Alemanha (menos 29%) – alertaram os cidadãos no mês passado para não viajarem para os EUA devido à possibilidade de serem detidos pelas autoridades federais de imigração americanas.
O volume de turismo de entrada nos EUA em março também caiu nas Caraíbas (menos 26%), na América Central (menos 24%), na América do Sul (menos 11%), em África (menos 10%), na Oceânia (menos 8%) e na Ásia (menos 1%), de acordo com os dados da NTTO.
Os dois únicos mercados regionais que enviaram mais turistas para os EUA do que no ano passado foram o Médio Oriente (mais 21%) e a Europa de Leste (mais 2%), que, em conjunto, representam cerca de 7% do total de visitantes que entram nos EUA.
As chegadas do México por via aérea diminuíram 5% em fevereiro e 23% em março em relação ao ano anterior, enquanto os dados da NTTO sobre as chegadas de automóveis ainda não estão disponíveis.
A NTTO ainda não comunicou os dados de chegadas do Canadá para fevereiro ou março, mas o Statistics Canada comunicou uma descida anual de 23% nas viagens de automóvel e uma descida de 2,4% nas viagens aéreas para os EUA em fevereiro.
(Com Forbes Internacional/Suzanne Rowan Kelleher)
