Zona de Comércio Livre Africana será motor para gerar valor

A Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA, da sigla em inglês) pode assumir o papel de facilitador para a diversificação económica do continente, não só evitando a dependência da exportação de matérias-primas como em aumentar a industrialização e a maior agregação de valor. Esta foi a convicção deixada pelo diretor de Integração Regional e…
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O compromisso foi assumido pelo diretor de Integração Regional e Comércio da UNECA na conferência do Grupo de Estudantes da NOVAFRICA, da Nova SBE, sobre desenvolvimento sustentável em África.
Economia

A Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA, da sigla em inglês) pode assumir o papel de facilitador para a diversificação económica do continente, não só evitando a dependência da exportação de matérias-primas como em aumentar a industrialização e a maior agregação de valor. Esta foi a convicção deixada pelo diretor de Integração Regional e Comércio da UNECA – Comissão Económica das Nações Unidas para a África, Stephen Karingi, no webinar “AFRICA DAY & SDGs”, organizado pelo Grupo de Estudantes NOVAFRICA, da Nova SBE.

O mote da conferência foi contribuir com ideias que possam ajudar a implementar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pelas Nações Unidas em África.

O debate assentou, sobretudo, sobre os dois ODS relativos ao fim da pobreza, assim como ao fornecimento de trabalho digno e crescimento económico.

Durante a intervenção na qualidade de keynote speaker, Stephen Karingi sublinhou que o AfCFTA “promete criar um mercado continental de escala significativa e desbloquear o investimento privado que pode ser canalizado para setores económicos mais produtivos”. Além que esta Zona de Comércio Livre Continental Africana pode ser uma plataforma para o desenvolvimento de cadeias de valor regionais.

O diretor de Integração Regional e Comércio da UNECA lembrou que a pandemia da Covid-19 tem sido dura para com África e ameaça apagar muito do progresso conseguido, até agora, em termos dos ODS. Mas, ao mesmo tempo, gerou novas ideias e soluções inovadoras no continente.

Apesar de salientar que a Covid-19 poderá empurrar 40 milhões de africanos para a pobreza extrema e 100 milhões de pessoas para a insegurança alimentar, o diretor do ECA alertou que era pertinente que os cidadãos vulneráveis tivessem acesso a serviços essenciais, como saúde e educação, uma vez que, seriam os que mais sofrem com a pandemia. A pandemia mostrou também que quem tem menos é também quem mais sofre, como os moradores nas favelas, trabalhadores informais, mulheres e jovens.

Para o mesmo interlocutor, “depois da pandemia, uma recuperação verde não é apenas uma coisa boa por si só. Também é boa para os negócios”. E acrescentou que uma África mais resiliente poderia ser uma base sólida para economias mais inclusivas, mais verdes e digitais.

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